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Transformando a gestão pública brasileira e fortalecendo a democracia

Inclusão produtiva por meio do empreendedorismo

Ao analisarmos o cenário econômico brasileiro, vemos duas sinalizações: a primeira é que o pior da crise ficou para trás. A segunda, é que o país está diante do desafio de conseguir uma recuperação em ritmo mais forte e constante, fundamental para as demandas da nação. Neste contexto, é imprescindível reconhecer o empreendedorismo como força capaz de contribuir diretamente para a retomada sustentável, promovendo a geração de empregos, renda e inclusão produtiva.

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Por Ademar Bueno é formado em Administração pela FGV , Mestre em Ciências da Saúde pela Medicina Santa Casa , Master do MLG-CLP e vice-presidente da Junta Comercial de São Paulo (JUCESP). Wilson Poit é eng
Atualização:

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil encerrou o segundo trimestre com 14,4 milhões de desempregados. Parte desse enorme contingente, com dificuldades para se recolocar, tem visto na montagem do próprio negócio a tábua de salvação.

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O empreendedorismo é uma das formas mais eficientes de reinserção profissional. Tanto que o número de empreendedores cresceu no Brasil durante o último ano e meio. De acordo com dados da Receita Federal, de fevereiro de 2020, antes, portanto, da pandemia no país, para agosto de 2021, houve alta de cerca de 26% no total de negócios inscritos no Simples Nacional. No mesmo período, o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) aumentou em torno de 30%, além de, o Estado de São Paulo bater recordes sucessivos mensais de abertura de novos negócios, sendo, a maioria, pequenas empresas.

O MEI é a porta de entrada para o empreendedorismo é uma das principais possibilidades de inclusão produtiva, inclusive para pessoas em situação de vulnerabilidade. Ele permite que o indivíduo direcione seu talento em alguma área ou experiência anterior para uma atividade remunerada, atuando de forma regularizada, recuperando assim sua autonomia financeira e, sem nenhum exagero na afirmação, sua dignidade.

No entanto, montar o próprio negócio é apenas um passo e a qualificação técnica é fundamental para que o responsável pela empresa esteja preparado para se manter competitivo no mercado. Além de disseminar os fundamentos da boa gestão, o Sebrae-SP intensificou suas ações na capacitação do empreendedor para lidar com as adversidades atuais, saber reconhecer oportunidades e aproveitá-las.

A parceria entre a Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) e o Sebrae-SP somam ao compromisso de qualificação dos empreendedores o esforço pela construção de um ambiente favorável ao empreendedorismo. Essa iniciativa compartilhada teve como objetivo o aprimoramento do Balcão Único, uma plataforma que permite realizar o processo de abertura e legalização de empresas em apenas 30 minutos no município de São Paulo, de forma gratuita, atacando diretamente dois males que sempre assombraram o empreendedor: o custo e a burocracia.

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De outra parceria entre ambos surgiu o Projeto MDM (Master Data Management), elaborado para organizar o banco de dados da JUCESP e, a partir dele, obter informações confiáveis, seguras e indicadores sobre as empresas no estado para o Sebrae-SP. De posse dessas informações, é possível avaliar o empreendedorismo paulista e propor políticas públicas estratégicas para as micro e pequenas empresas.

O caminho para um Brasil mais próspero passa pelo apoio aos pequenos negócios, pois são estes 99% das empresas do país e respondem por 29,5% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, além de representarem 54% dos empregos formais. Dar todo suporte aos pequenos empreendedores é investir no futuro econômico do país. Pois, economias sólidas passam por um empreendedorismo forte.

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