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Transformando a gestão pública brasileira e fortalecendo a democracia

Falência múltipla dos órgãos

Em época de pandemia, não é apenas o Sistema Único de Saúde que acende o sinal vermelho para a aproximação do colapso. O paciente neste caso também é o atual chefe do poder executivo do Governo Federal, que nó último mês vem travando algumas batalhas, demonstrando uma certa piora nos sinais vitais de governabilidade.

Por Juliana Lohmann é líder MLG , Mestre em Relações Internacionais (UFF) , MBA em Gestão Estratégica de Negócios e Inovação (HSM Escola Superior de Administração)
Atualização:

Na medicina esse diagnóstico é caracterizado pela deterioração aguda de dois ou mais órgãos, resultando em perda da função dos órgãos acometidos, sendo uma das causas a sepse, que incluem sintomas como a confusão mental e a hipotermia, já diagnosticados neste período de governo do Presidente da República.

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Após a exoneração do Ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o órgão acometido hoje é o da Justiça com o pedido de saída do Ministro Sergio Moro, a personificação da idoneidade, da licitude e da não corrupção do atual governo executivo, que desde as últimas eleições funcionou como um órgão vital para também para os não eleitores de Bolsonaro.

A luz acende mais uma vez: a existência de um vice-presidente (que nos últimos mandatos protagonizou): "ele toma posse e tem função remunerada no poder público. Ocupa sala, tem gabinete, nomeia equipe etc. Alguns vices acumulam, ou podem acumular, secretarias ou ministérios naquela esfera de poder para o qual foi contratado por meio do nosso voto". (Dantas, 2018).

Se os órgãos vitais deixam de funcionar, mas o coração continua a bater por artifícios mecânicos, ocorre a morte encefálica. O óbito passa a ser apenas questão de tempo. Está Jair Bolsonaro cavando a sua própria cova, à espera do Messias? Por fim, vale lembrar que em tempos de coronavírus, muitos vão para a vala comum, sem mesmo direito a velório e a despedidas...

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