Texto de Maria Rehder
Ao sair em busca de um novo celular, os consumidores não podem ignorar o fato de que não foram só as operadoras de telefonia móvel que lideram o ranking de reclamações do Procon de São Paulo, divulgado na última semana, que também traz algumas fabricantes de aparelhos listadas entre as dez empresas que mais receberam queixas dos consumidores em 2005. Entretanto, alguns procedimentos como a definição prévia de suas necessidades, uma pesquisa de mercado e a busca de informações com os órgãos de defesa do consumidor sobre as práticas de atendimento das empresas fabricantes podem levar o consumidor a uma escolha mais segura.
Segundo Maria Inês Dolci, coordenadora do Departamento de Relações Institucionais da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), o consumidor deve definir exatamente quais são os serviços que serão fundamentais em seu celular. "Para quem apenas quer um celular para fazer ligações, um aparelho que ofereça outros serviços como câmeras digitais e MP3 Player é desnecessário", avalia.
A especialista também dá exemplos de outros questionamentos que devem ser feitos antes da busca pelo celular. "O consumidor deve checar se precisa do celular apenas para emergências, quanto tempo, em média utilizará o aparelho, se este será usado como apoio ao trabalho e quantas consultas serão feitas à caixa postal", esclarece.
O gerente de produtos da Nokia Brasil , Iuri Gomes, ressalta que a objetividade na compra facilita a escolha, pois, segundo ele, os fabricantes já ofertam seus produtos pensando em diferentes grupos de consumo. "Temos linhas para os que buscam menor custo, outras para os que valorizam o design, e aparelhos com a mais alta tecnologia para os que precisam de serviços diferenciados", afirma. Segundo o gerente de produto da BenQ Mobile, Ivanildo Cordeiro, a grande maioria dos brasileiros dá prioridade para a estética do aparelho. "O design ainda é o maior atrativo no País", destaca.
O contato prévio com os fabricantes também é um caminho indicado para facilitar o entendimento das funções oferecidas pelo aparelho, pois as empresas disponibilizam em seus sites as informações sobre todos seus modelos.
Maria Inês afirma que o consumidor deve testar as Centrais de Atendimento telefônico antes de fechar o seu contrato para comparar a qualidade da prestação de serviços de cada fabricante. "É importante avaliar não só o atendimento para a compra, mas também para casos de defeitos", indica.
Henrique Freitas, gerente de produtos da área de Mobile Devices da Motorola Brasil, explica que o preço de um celular não é determinado pelo seu aparelho, pois este depende diretamente do plano e operadora escolhidos pelo consumidor. "É importante que uma faixa de preço seja definida, para que o consumidor possa buscar a opção de maior valor agregado", diz .
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