Quase 80% dos copos de café estão irregulares

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Por crespoangela
Atualização:

Texto de Maíra Teixeira

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O Instituto de Pesos e Medidas (Ipem-SP) verificou a qualidade dos populares copinhos descartáveis de café, de 50 mililitros, e o resultado não foi dos melhores. Das 24 marcas testadas apenas 5 foram aprovadas. Segundo o Ipem, o resultado indica que as empresas têm diminuído a qualidade dos produtos e estão oferecendo copos finos, leves e pouco resistentes. Algumas empresas têm mais de uma marca no mercado.

Os fabricantes reprovados são Wal-Mart e Makro (ambas com marca própria), Belplast, Clear Cup, Copobrás, Zanini, Copaza, Plásticos Danúbio, Icopp e Minaplast. As empresas com produtos dentro das especificações e normas brasilieras são Inajá, Dixie e Zannata.

Os copos verificados são todos de produção nacional. Das 13 empresas fabricantes verificadas, 76,92% foram reprovadas e algumas atingiram 100% de reprovação em seus produtos; 79,17% desses produtos estavam fora das normas.

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Metodologia

Segundo a assessoria de imprensa do Ipem-SP, a verificação foi feita com base nas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A verificação ocorreu após o órgão perceber a necessidade de melhorar a qualidade encontrada nos produto. Segundo o artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, seguir as normas para a venda de produtos ou serviços é obrigatório.

Os copos de 50ml devem pesar no mínimo 0,750 gramas. O quesito principal para avaliação é a massa mínima usada em sua fabricação. Foram coletadas para análise cinco mangas (embalagens com 100 copos) de cada tipo, de onde foram extraídas 10 unidades de cada manga, o que resultou em 50 copos para análise final. Pelo critério da ABNT, com até dois copos abaixo do peso, o produto é aprovado, e acima deste número, reprovado.

Pior

Entre as empresas totalmente irregulares, está a Plástico Danúbio Indústria e Comércio, de Guarulhos. O Ipem-SP constatou que, com a quantidade de matéria prima abaixo do especificado, a empresa consegue produzir um novo copo a cada três.

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As empresas reprovadas foram autuadas e estão em prazo de defesa com a Superintendência do Ipem-SP. Após esse período, haverá uma análise jurídica e administrativa de cada caso para estipular uma penalidade administrativa cabível, cujas multas podem chegar até R$ 50 mil, dobrando em casos de reincidência.

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O Makro Atacadista informou que está analisando a questão. A Plástico Danúbio foi procurada, mas não havia ninguém na empresa que pudesse responder. A Minaplast informou que a produção de seu produto está dentro das normas da ABNT, mas que possivelmente o lote deve ter escapado do controle de qualidade. O Wal-Mart informou que produto é fabricado por uma indústria credenciada pela ABNT e que já foi solicitada a correção. O Wal-Mart vai adquirir novos equipamentos de controle de produção para que essa disparidade seja sanada.

As outras empresas reprovadas não se pronunciaram. O Ipem-SP recebe reclamações e sugestões pelo 08000-130-522.

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