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Por crespoangela
Atualização:

Texto de Eleni Trindade

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Comprar o eletroeletrônico dos sonhos está cada vez mais fácil, pois grandes lojas facilitam o pagamento em parcelas a perder de vista. A vantagem é receber o produto de imediato, mas os juros do financiamento podem representar uma grande diferença no final ou uma dívida a mais caso a pessoa perca o controle dos pagamentos.

Antes de uma compra como essa, é preciso decidir qual produto melhor atende suas necessidades e pesquisar preços e formas de pagamento, aconselha Renata Reis, técnica do Procon de São Paulo. Em seguida, é preciso tirar as dúvidas sobre promoções e serviços oferecidos. "Muita lojas costumam oferecer uma garantia estendida para os produtos mediante o pagamento pagamento de uma taxa. Antes de aceitar esse 'serviço', é preciso questionar as condições, pois em muitos casos as oficinas contratadas pelas lojas não garantem trocas por produtos novos em caso de defeitos", destaca ela.

O jeito é poupar

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"Quando o consumidor precisa de um bem de necessidade básica para sua casa, como fogão e geladeira, por exemplo, vale a pena comprar a prazo. Mas em outras circunstâncias, como para comprar um item supérfluo, o consumidor deve pensar com calma antes de entrar no financiamento", alerta Gustavo Cerbasi, mestre em Administração e Finanças pela Universidade de São Paulo e autor dos livros Dinheiro, o segredo de quem tem e casais inteligentes enriquecem juntos. "É preciso fazer uma avaliação criteriosa, pois em vez de facilitar sua vida, o financiamento a longo prazo pode ser uma armadilha. Afinal, os juros cobrados variam entre 3% e 6% ao mês", destaca ele. "Além disso, se recorrer ao cartão ou ao cheque, quem não se planeja direito pode perder o controle dos juros cobrados por esses meios de pagamento."

A melhor saída, segundo Cerbasi, é poupar para poder comprar o produto à vista. "Se o consumidor tiver disciplina e decidir aplicar o dinheiro durante o período do financiamento, pode ter uma boa surpresa. Por exemplo: se ele optar por uma televisão no valor de R$ 3 mil em 12 vezes a uma taxa de 5% ao ao mês, cada parcela ficaria em R$ 338,50 e, ao final, ser preciso desembolsar R$ 4.062."

Se fosse feita uma poupança no período, o panorama seria outro. "Considerando a taxa média de rendimento da poupança, um dos investimentos mais procurados pelos brasileiros, o consumidor precisaria depositar 12 parcelas de R$ 241,86 para arrecadar os R$ 3 mil ao fim do prazo de investimento, ou seja, teria um ganho de R$ 1.159 (em relação à compra financiada). E com o valor total em mãos seria possível até pleitear um desconto no pagamento à vista."

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