MARCOS BURGHI - JORNAL DA TARDE
O
JT
procurou as empresas de planos de saúde com atuação no Estado de São Paulo que, pelo levantamento, apresentaram os maiores reajustes na última faixa: Amil, Bradesco Saúde, Golden Cross, Samcil e SulAmérica.
A Bradesco Saúde informou que "reajustes por faixa etária estabelecidos no referido produto obedecem à legislação em vigor e são autorizados pela ANS".
A Samcil informou que "segue os índices de reajuste estabelecidos pela legislação bem como o Estatuto do Idoso". A SulAmérica Saúde também comunicou que "todos os produtos comercializados pela companhia são submetidos e aprovados pelo órgão regulador".
Arlindo Almeida, presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), representante das operadoras, informou que isso ocorre porque é justamente no atendimento aos usuários de mais idade que estão os custos mais elevados. "Chegam a ser oito vezes maiores do que o gasto no atendimento de um paciente da primeira faixa (de 0 a 18 anos)", afirma.
Rosana Neves, gerente econômico-financeira de Produtos da ANS, afirma que é preciso haver um equilíbrio entre as diversas faixas etárias, mas uma distribuição equânime dos porcentuais de reajustes faria com que os planos para os mais jovens fossem mais caros, o que poderia inibir a entrada de consumidores mais novos no sistema e até comprometê-lo.