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Planos de saúde: mais facilidades ou novo fiasco?

Josué Rios - colunista do Jornal da Tarde

Por Marcelo Moreira
Atualização:

Trocar de operadora e plano de celular é fácil. Mas trocar de plano de saúde (pago durante uma vida) já não é a mesma coisa. E talvez aqui esteja o grande equívoco dos sábios da ANS: trocar o "produto" velho por outro melhor todo mundo quer. Mas como saber se o segundo produto é mesmo superior?

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A comparação entre dois planos de saúde é complexa e difícil de ser compreendida pelo consumidor. A comparação envolve muitas variáveis: tipo de plano, segmentação, faixa de preço, etc. E mesmo que a ANS pretenda oferecer um guia e um programa para o consumidor fazer a comparação, existem outros fatores a examinar.

Por exemplo, qual é o verdadeiro estado da saúde econômico-financeira da nova empresa para a qual o consumidor pretende mudar? Como saber se ela manterá ou até ampliará a sua rede de atendimento? Como medir a qualidade do serviço no dia a dia e saber se costuma demorar para autorizar cirurgias e exames?

Em outras palavras, são tantos os aspectos a serem examinados para fazer migração de plano de saúde que dificilmente os critérios e guias burocráticos da ANS darão ao consumidor todas as informações necessárias para a segura decisão de mudança do plano. E por tais razões não me surpreende se a segunda tentativa de portabilidade da Agência reguladora seja, tal como a primeira, se revele em mais um fiasco.

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