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Pão e bombas lideram

Por crespoangela
Atualização:

Texto de Eleni Trindade

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O pão de sal e a bomba de combustível lideraram as reclamações na Ouvidoria do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) no período de janeiro a abril deste ano. Dos produtos reclamados, 41,1% referiram-se ao pão francês. E dos instrumentos e serviços, 41,7% à bomba de gasolina.

No período, a Ouvidoria atendeu a 4.128 solicitações entre reclamações, denúncias de irregularidades e esclarecimentos de dúvidas sobre 410 produtos, serviços e instrumentos de medição. No mesmo período do ano passado foram registrados 3.653 atendimentos.

Dessas, 142 solicitações ainda estão em andamento, ou seja, estão sendo analisadas para receber multa ou notificação.

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"Foram 46 reclamações sobre o pãozinho francês e 13 delas foram consideradas procedentes. Em 11 delas, os estabelecimentos ainda vendiam o produto por unidade, uma não tinha o cartaz informando sobre a venda por peso e, na outra, o local estava com a balança desregulada", explica Flávio Floret, o ouvidor do instituto.

Para o ouvidor, o consumidor já se acostumou ao pão vendido a peso. "O produto está na liderança do ranking por conta da preocupação das pessoas com o preço e a qualidade. De qualquer forma, grande parte dos estabelecimentos que comercializam o pão de sal já trabalha seguindo as normas para a venda por peso e o consumidor sabe que essa é a melhor forma para não ter prejuízos", explica.

"Muitas pessoas reclamam que alguns pães são mais pesados que outros. Para elas, eu aconselho a trocar de fornecedor, pois a concorrência entre os estabelecimentos é saudável e positiva para o consumidor, que tende a encontrar um produto com mais qualidade".

Bombas

"A bomba de combustível costuma apresentar índice alto de erro e é alvo constante da fiscalização do Ipem-SP, por isso permanece entre os instrumentos mais reclamados, pois os consumidores acompanham a fiscalização pela mídia e costumam ligar quando o tema tem destaque", conta ele. "Até agora, nosso setor de fiscalização inspecionou mais de 21 mil bombas. Dessas, 1.481 foram reprovadas, resultando em 236 autuações", conta ele.

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Quando o posto é autuado, a bomba fica interditada para que o estabelecimento providencia a regularização imediata.

Outros produtos reclamados foram brinquedos (8%), botijão de gás (GLP) (5,4%), doces embalados (4,5%) e sabão em pó (2,7%).

Entre os instrumentos ou serviços, destaque para balança (33,3%), conversão veicular (7,1%), hidrômetro (5,8%) e bomba de gás veicular (3,8%).

Participação

"A participação do consumidor no trabalho do Ipem é muito importante. Ao denunciar, reclamar e perguntar o que não entende, o cidadão motiva mais a fiscalização e ajuda no nosso trabalho", argumenta Floret. O telefone da Ouvidoria do Ipem-SP é 0800-0130-522.

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Ipem-SP comemora 40 anos

Este ano, o Ipem-SP está completando 40 anos de atuação. Para comemorar, o órgão lançou um selo e carimbos postais comemorativos que, posteriormente, serão enviados para o Museu da Filatelia Brasileira.

Para o superintendente do instituto, Antônio Lourenço Pancieri, o trabalho do Ipem ao longo dessas quatro décadas contribuiu muito para o desenvolvimento da metrologia brasileira.

"O lançamento do selo representa o início das comemorações e também é um marco histórico do trabalho do Ipem, pois não é toda hora que se comemora 40 anos. Mas o Ipem tem pela frente o desafio de modernizar suas atividades", acredita ele.

Pancieri acrescenta que estão programadas várias atividades para marcar o aniversário do órgão. "Vamos dar continuidade ao projeto de divulgação de informações sobre nossas atividades e direitos do consumidor nos Centros de Integração da Cidadania (CICs) e vamos ampliar os serviços em nossas regionais", anuncia ele. "Isso significa que os postos que fazem apenas fiscalização serão capacitados para testes de qualidade, testes em instrumentos, análise de pré-medidos e calibração." Com mais acesso à informação, explica o superintendente, o consumidor pode exigir mais das empresas.

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"Entendemos que nosso papel nos controles de instrumentos e produtos é de um agente ativo, que contribui para melhorar as relações consumo", conclui.

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