Carolina Dall'Olio
As operadoras que receberam da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) uma nota inferior a 0,6 - o índice varia entre zero e 1 - ou que sequer apresentaram seus dados para a ANS justificam seu desempenho.
A Unimed Paulistana está sob intervenção fiscal da ANS e teve desempenho situado na faixa entre 0,00 e 0,19. "Os números não surpreenderam.
Isso porque, embora tenham sido divulgados agora, os resultados se referem ao balanço apresentado em 31 de dezembro de 2009, quando, historicamente, a empresa apresentou seu pior balanço", admite Maurício Rocha Neves, diretor da Unimed Paulistana.
"O ano passado foi uma fase ruim de finanças para a Cooperativa. Mas, desde então, estamos fazendo diversas negociações com a rede, e também cortando contratos que são diferentes do padrão e que são perniciosos à Cooperativa", explica Neves. "Com essas medidas esperamos que, em 12 meses, tenhamos um belo balanço."
A Itálica Saúde diz que desfruta de "excelente saúde financeira, com total solidez, não passando por quaisquer dificuldades". A ANS afirma que a operadora sequer informou seus dados financeiros à agência.
Mas a empresa diz que a confusão pode ser fruto da migração de ex-beneficiários da Avimed para a carteira da operadora. "Esses consumidores já estavam muito tempo sem atendimento, e quando migraram para Itálica acabaram por ter alta utilização, o que já era de se esperar haja visto o represamento existente e a quantidade de associados nesta situação", afirma a empresa em nota.
A Omint também contestou, em nota, a avaliação da ANS. "A operadora está absolutamente saudável conforme pode se constatar na publicação do seu último balanço. Não comentamos o ranking da ANS, pois não tivemos acesso ao critério de avaliação utilizado pela agência."
Contatadas pela reportagem, Greenline, Trasmontano, Life System e Notre Dame não se pronunciaram.