Se alguém tinha dúvidas de que os planos de saúde jogamcontra os clientes na maioria dos casos, o caso abaixo:
"Meu pai possui o convênio da Samcil, mas parece não servir de nada. Depois de muita luta e exames confusos, ele foi diagnosticado com câncer. Porém, a Samcil quer fornecer um tratamento alternativo a ele, já que o câncer foi identificado apenas na tomografia computadorizada e não na biópsia. Pedimos a autorização para consultarmos um especialista, mas segundo a empresa, não há oncologistas credenciados à rede. Será que a Samcil vai esperar o meu pai morrer para tomar uma atitude?"
Valquiria Aparecida Lourenço Reis Quedas, São Paulo-SP
RESPOSTA DA SAMCIL: A Samcil informa que foi realizado contato com a neta do associado e prestados todos os esclarecimentos necessários.
COMENTÁRIO DA REDAÇÃO: O problema da consulta foi solucionado. A Samcil autorizou a realização de consulta com um oncologista.
COMENTÁRIO DO ADVOGADO DE DEFESA: Não é de hoje que repetimos aqui a necessidade de uma intervenção forte de órgãos - como o Procon, Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) e Ministério Público do Consumidor - contra esta violência aos direitos humanos dos consumidores, em especial os idosos, cometida por planos de saúde (como a Samcil), conforme narra a reclamação. Primeiro, o idoso foi mal diagnosticado. Depois, houve demora no atendimento, denunciada pelos familiares do idoso (que pagou o plano durante a vida, para agora ser tratado com tamanho desrespeito).
Autoridades pagas pelo Estado (para defender o consumidor) não podem assistir impassíveis à reclamações como esta - que aparecem com frequência nessa Coluna. Enquanto as autoridades não intervêm, resta à vitima da violência exigir reparação por dano moral, como forma de "punição" mínima ao mau fornecedor.