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Net ameaça acabar com ponto extra

Por Marcelo Moreira
Atualização:

A Net ameaça deixar de oferecer o ponto adicional de TV a cabo se a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidir que ele deve ser gratuito. "Vamos seguir com o que a agência determina, mas não instalamos o ponto extra de graça, porque o serviço é oneroso, tem custos de manutenção da rede interna, de licença de software e atendimento", disse ontem o presidente da Net, José Felix, em teleconferência. "Se o ponto extra for de graça vamos parar de oferecê-lo ou vamos aumentar o preço de tudo."

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A Anatel tinha definido, em regulamento, que o ponto extra não teria mais mensalidade e que os clientes das empresas de TV paga poderiam contratar sua instalação de terceiros. Depois, a agência recuou e deu outra interpretação ao regulamento. A Associação Brasileira de TV por Assinatura (ABTA) conseguiu liminar que suspendeu o artigo que acabava com a cobrança.

Felix informou que a polêmica sobre o ponto extra não teve impacto nas receitas da empresa. O executivo destacou o crescimento do serviço de telefonia nas operações da Net. De acordo com ele, a empresa superou a marca de um milhão de usuários na primeira semana de julho. A Net fechou o primeiro semestre com 982 mil assinantes de telefonia, alta de 178% em 12 meses.

No mesmo período, a base de TV por assinatura cresceu 18%, para 2,709 milhões de clientes. O número de usuários de banda larga subiu 61% em 12 meses, para 1,798 milhão de assinaturas ao fim de junho. Dos serviços de voz da empresa, o Net Fone.com foi o destaque, conquistando uma base de 112 mil assinantes ao fim do segundo trimestre desde o seu lançamento, em fevereiro último.

O pacote agrega telefonia fixa, conexão à internet com velocidade de 100 quilobits por segundo (Kbps) e canais de TV aberta via cabo nos lugares onde a tecnologia permite - por questões técnicas, só 56% do total de clientes recebem o sinal dos canais gratuitos pela rede da Net.

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