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Multiplicadores em ação

Por crespoangela
Atualização:

Texto de Eleni Trindade

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Doar o que tem de melhor para os outros foi a motivação de Solange Valentim para ensinar os conceitos que aprendeu durante os Seminários Educação Para o Consumo II. "Eu participo de uma comunidade experimental em Jacareí (SP) e lá as pessoas trocam informações para serem multiplicadas nos locais em que elas vivem", descreve.

"Nesse sentido, os conceitos que aprendi nos seminários ajudaram muito. Já fiz uma apresentação sobre a importância das pequenas atitudes do dia-a-dia para reduzir o volume de lixo e economizar recursos naturais", afirma ela, que também leva sugestões sobre consumo consciente ao Departamento de Relações Institucionais da Febraban, entidade onde ela trabalha. "Essa vontade de compartilhar o que aprendo começou quando eu era síndica e implantei a coleta seletiva no condomínio", diz ela. "Além das funções administrativas, eu me envolvia em vários conflitos e propunha formas de resolvê-los com base no que aprendo em eventos como este seminário."

Outros multiplicadores são os estudantes Nina Oliveira, Casé Oliva e Maraiza Adami. Eles fazem o curso de Meio Ambiente na Escola Técnica Estadual Getúlio Vargas, no Ipiranga, Zona Sul, e pretendem usar as informações obtidas no seminário em um evento que será promovido na escola no final de julho.

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"Vamos enfatizar principalmente a questão das sacolinhas, responsáveis por grande parte da poluição, e a economia da água, que são medidas ao alcance dos cidadãos no seu dia-a-dia", afirma Oliva. "Mas a idéia é continuar promovendo eventos e debates sobre consumo consciente e sua importância para o meio ambiente, tanto assim que vamos participar da divulgação da Agenda 21 (plano de ação que contém recomendações para a sociedade atingir o desenvolvimento sustentável) no bairro do Ipiranga num trabalho conjunto com a subprefeitura, associações de bairro e igrejas para sensibilizar as pessoas sobre o tema."

Lesgilação trava ações positivasTexto de Maíra Teixeira

Muitos projetos de lei, decretos em várias esferas e legislações de todos os tipos tentam melhorar o nosso cotidiano de consumidor, reciclador caseiro, de 'agente ambiental'. No entanto, alguns entraves, dizem especialistas, faz com que poucos deles saiam do papel.

É o caso de vários municípios que têm leis que obrigam as entidades governamentais e grandes empresas a doar o material da coleta seletiva aos catadores de material reciclável. "Precisamos de uma política de resíduos, que valorize os modelos baseados em experiências regionais, com sustentabilidade técnica, econômica e social. Essas leis ainda engatinham, mas é obrigação das entidades apoiar o trabalho dos catadores, pois isso gera renda e desenvolvimento", diz André Vilhena, do Cempre.

O trabalho do catador economiza recursos naturais e energia - que é menor na produção de bens a partir dos recicláveis. "Além de contribuir com a limpeza e saúde pública, aumenta a vida útil dos aterros sanitários." Ele ressalta que há ainda a Lei nº 12.528/2007 que obriga estabelecimentos com mais de 50 lojas e condomínios, entre outros, a fazer a coleta seletiva. O descumprimento acarreta em multa de cerca de R$ 7 mil.

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