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Mais dois bancos reduzem os juros da casa própria

FABRÍCIO DE CASTRO - JORNAL DA TARDE

Por Marcelo Moreira
Atualização:

Mais dois bancos anunciaram ontem a redução das taxas de juros dos financiamentos para a compra da casa própria, favorecendo a classe média. A Nossa Caixa baixou de 11% para 8,90% ao ano, mais a taxa referencial (TR), os juros mínimos para imóveis de até R$ 500 mil.

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Já o HSBC decidiu baixar, a partir da próxima semana, de 12% para 11% ao ano mais a TR os juros de unidades de R$ 150 mil a R$ 500 mil. Na segunda-feira, o Bradesco já havia anunciado a queda dos juros e a ampliação dos prazos para até 30 anos.

O movimento intensifica a disputa entre bancos públicos e privados pelos clientes. Com o lançamento do programa 'Minha Casa, Minha Vida', do governo federal, vem ocorrendo uma retomada no mercado imobiliário, após um período de retração devido à crise internacional.

Com juros mais baixos, os bancos esperam atrair clientes - principalmente os que buscam imóveis de até R$ 500 mil, financiados com recursos da caderneta de poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Além de oferecer condições melhores para esta faixa, a Nossa Caixa baixou de 12,50% para 12% ao ano, mais a TR, os juros cobrados na compra de imóveis de mais de R$ 500 mil.

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O diretor de Produtos da Nossa Caixa, Gueitiro Matsuo Genso, diz que, com as novas condições, a expectativa é de que a concessão de crédito imobiliário no banco chegue a R$ 450 milhões em 2009 - 25% a mais que no ano passado.

"A queda dos juros é um processo que já vinha ocorrendo no ano passado, mas foi interrompido com a crise", afirma o economista Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac). "Agora a tendência é de retomada da queda das taxas e da expansão dos prazos."

Oliveira lembra que, ao fechar um contrato, os bancos seguram os clientes por até 30 anos. "É uma relação de longo prazo, o que é bom para o banco. Além disso, o risco da operação é menor, já que a garantia é o próprio imóvel."

Outra vantagem é que, ao fechar contratos, os bancos fixam as taxas nos patamares da época. Se a taxa de juros é de 12% ao ano mais a TR, por exemplo, o mutuário pagará esse valor até o fim do contrato. "É uma garantia de receita para os bancos", diz Oliveira.

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