Marcelo Moreira
02 de julho de 2009 | 21h59
SAULO LUZ – JORNAL DA TARDE
A Eletrobrás e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) lançaram ontem a Etiqueta de Eficiência Energética em Edificações para edifícios.
Com o selo, o mercado consumidor será capaz de identificar os prédios que apresentam baixo consumo e maior aproveitamento de energia elétrica.
O etiqueta será implantada de forma gradual e voluntária, mas a intenção é torná-la obrigatória no futuro. Em um primeiro momento, o programa de etiquetagem irá atingir apenas edifícios comerciais e de serviços e públicos.
Já os prédios e empreendimentos residenciais devem poder contar com o selo a partir do ano que vem (2010).
“Além do benefício ambiental, o objetivo do programa de etiquetagem é permitir que o consumidor tenha todas as informações sobre o consumo de empreendimento para tomar a melhor decisão na hora de escolher o imóvel – seja apartamento, casa, ou escritório”, diz o presidente do Inmetro, João Jornada.
As edificações dos setores residencial, comercial e públicas são responsáveis por aproximadamente 45% do consumo de energia elétrica no Brasil.
Segundo a Eletrobrás, a economia de eletricidade conseguida por meio da arquitetura bioclimática pode chegar a 30% em edificações já existentes (caso passem por readequação e modernização) e a 50% em prédios novos, que contemplem essas tecnologias desde o projeto.
“É um projeto ambicioso, mas importante dentro do esquema energético do Brasil”, diz o presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz.
Uma das intenções é incentivar o aproveitamento de energias alternativas (como energia solar) e das chamadas “energias passivas”, com iluminação e ventilação naturais.
A etiqueta faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (parceria da Eletrobrás e do Inmetro) e segue o modelo da conhecida etiqueta Procel para eletrodomésticos.
“É um programa de mais de 15 anos. Ao lançar esta etiqueta, o Brasil se coloca entre os países mais avançados do mundo”, afirma José Antonio Muniz, presidente da Eletrobrás.
Para receber a etiqueta, as edificações são avaliadas em três níveis de eficiência: envoltória (parte externa do edifício), sistema de iluminação e sistema de condicionamento de ar.
Em cada um dos níveis, os prédios são classificados de “A” a “E”, sendo a o nível de maior eficiência energética. “A diferença de consumo entre a classificação “A” e “E” pode representar economia de até 40%”, completa Alfredo Lobo, diretor de qualidade do Inmetro.
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