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Desconto no pagamento à vista e em dinheiro é comum no varejo

MARCOS BURGHI E PAULO DARCIE - JORNAL DA TARDE

Por Marcelo Moreira
Atualização:

Apesar do veto do Congresso à proposta de institucionalizar a diferenciação de preços nos pagamentos à vista em dinheiro dos pagamentos em cartão de crédito ou débito, e mesmo com a previsão legal de multas para o comerciante que adotar a prática, ela ainda persiste no varejo.

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A reportagem do JT visitou lojas de shopping centers da capital e, nelas, negociou descontos que fossem maiores do que os usuais 5% ou 10% praticados por comerciantes para pagamentos à vista caso a compra fosse feita em dinheiro.

A prática não chega a ser regra no varejo: de dez lojas visitadas, em duas os descontos foram maiores para o pagamento em dinheiro ou cheque. Em outras seis, o preço à vista era mais baixo do que a prazo, mas seria o mesmo se o pagamento fosse com cartão, dinheiro ou cheque.

O aluguel e as taxas incidentes no uso de cartões fizeram com que um lojista aceitasse vender uma chopeira portátil, cujo preço da vitrine era R$ 199, por R$ 180. "No cartão de débito ou no dinheiro?" perguntou ele. "À vista tem desconto, mas posso dar 5% no cartão de débito ou 10% se o pagamento for com dinheiro", afirmou.

Em outra loja, uma pasta para carregar laptop, cujo preço era R$ 359, ficaria R$ 19 mais barata (-5,2%) caso o pagamento fosse em dinheiro. "A gente consegue também mais algum brinde se você decidir comprar com a gente", disse a vendedora.

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Nas lojas que não ofereceram desconto algum no pagamento à vista, a explicação foi a padronização dos preços. "Não dá para abaixar, o preço é tabelado", disse um vendedor.

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