A Cúria de São Paulo, órgão que administra as igrejas, afirma que as paróquias não podem impor os serviços aos noivos.
"Nada impede que elas tenham uma lista de sugestões. O padre tem o direito de preferir alguns profissionais, mas não pode obrigar os noivos a terem a mesma opinião nem condicionar a escolha", afirma o assessor de comunicação da Cúria, padre Juarez Pedro de Castro. Ele diz, porém, que a Cúria não pode interferir nas decisões das paróquias. "Elas são autônomas."
Para o pároco da Igreja São Carlos Borromeu, no Belém, zona leste, não faltam argumentos que justifiquem a cobrança de taxa extra aos casais que se recusam a escolher as empresas credenciadas.
O padre Eduardo Flauzino Mendes afirma que o cadastramento de empresas pela paróquia "surgiu da necessidade de organizar as cerimônias matrimoniais e evitar problemas como a falta de respeito à celebração".