Marcelo Moreira
14 de junho de 2009 | 20h57
ELENI TRINDADE – JORNAL DA TARDE
Ser fiador ou avalista não é apenas assinar um papel, pois quem assume esse compromisso é corresponsável pelo pagamento da dívida do amigo ou parente
No caso do fiador existe o benefício de ordem, ou seja, é possível exigir que o devedor principal seja cobrado antes que ele (fiador) seja cobrado. A fiança é sempre ligada a um contrato
Já o avalista não tem o benefício de ordem e é firmado a partir de um título de crédito como, por exemplo, nota promissória
Geralmente quem pede para um parente ou amigo fazer uma compra ou um financiamento em seu nome, já tem alguma dificuldade financeira ou já está com o nome sujo, como se diz popularmente
Se a pessoa não tomou cuidado com o próprio nome, será que ela vai se preocupar com o de outro? Portanto, mesmo que a intenção seja de ajudar alguém querido, é preciso parar para pensar antes de emprestar o nome ou ser fiador ou avalista
A possibilidade de você assumir a dívida do outro
é muito grande. Por isso seja realista: faça as contas e verifique se tem guardado o valor para pagar a dívida do amigo. A regra vale também para quem vai ser fiador ou avalista
Caso não tenha condições de cobrir uma possível dívida futura, abra o jogo e diga que não pode assumir o compromisso. É preciso levar em conta que essa ajuda pode representar um obstáculo para ter acesso ao crédito quando você precisar
Não tenha vergonha de se recusar a emprestar o nome, pois cada pessoa tem o seu e deve cuidar bem dele. Em vez disso, ofereça-se para auxiliar o amigo a reorganizar as contas, a cortar gastos supérfluos e colocar as contas em dia. Se ele for realmente seu amigo, vai entender a sua atitude e aceitá-la
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