Condomínio vai subir até 4% na capital

Os moradores dos cerca de 30 mil edifícios da capital terão de desembolsar entre 3,2% e 4% a mais com pagamento do condomínio a partir da próxima fatura, estima o Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Para quem paga R$ 500 de condomínio, por exemplo, o acréscimo seria de R$ 20

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Por Marcelo Moreira
Atualização:

Carolina Marcelino

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Os moradores dos cerca de 30 mil edifícios da capital terão de desembolsar entre 3,2% e 4% a mais com pagamento do condomínio a partir da próxima fatura, estima o Sindicato da Habitação (Secovi-SP). Para quem paga R$ 500 de condomínio, por exemplo, o acréscimo seria de R$ 20.

O aumento é reflexo do reajuste de 8% conquistado pelos trabalhadores dos edifícios. O valor foi acordado em convenção coletiva pelo Sindicato dos Condomínios em Edifícios Residenciais, Comerciais e Mistos (Sindifícios) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).

Como os gastos com a folha de pagamento e os encargos trabalhistas correspondem, em média, entre 40% e 50% das despesas de um edifício, o impacto no valor final do condomínio deve ficar entre 3,2% e 4%.

"O valor pode até ser maior se o prédio tiver muitos funcionários", avisa Hubert Gebara, vice-presidente de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP. Gebara acredita que o aumento dos valores não vai prejudicar os condôminos. "Não teremos inadimplência por causa disso", afirma.

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Para ele, o reajuste de 8% (sendo 3% de aumento real) foi merecido e necessário. "Estávamos perdendo muitos funcionários para empresas da construção civil. Como esse ramo está em franca expansão, muitos funcionários dos condomínios estavam abandonando suas vagas para trabalhar nas construtoras", conta.

Para reter os empregados, a saída foi aumentar os salários - o que acabou por corrigir uma distorção do passado. De acordo com Gebara, a soma dos reajustes concedidos nos últimos dez anos aos trabalhadores da categoria foi menor que a inflação acumulada no período.

"Por isso, já que neste ano a economia está aquecida, esta era uma ótima oportunidade de repor as perdas", diz Gebara. "Além disso, precisamos manter a qualidade dos profissionais de condomínios, e para isso precisamos pagar mais."

O Sindifícios pleiteava um reajuste de 12%, com mais de 7% de aumento real. A reportagem não conseguiu contatar os representantes do sindicato para comentar o resultado da convenção. Com o aumento de 8%, o piso salarial dos faxineiros (que recebem a menor remuneração da categoria) ficou em R$ 740.

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