Compre a casa e poupe na conta de luz

O consumidor brasileiro já pode escolher o imóvel que gasta menos energia na hora de comprar a casa própria. E para saber isso basta procurar os apartamento ou casas que possuem a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para residências, condomínios e áreas comuns

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Por Marcelo Moreira
Atualização:

Saulo Luz

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O consumidor brasileiro já pode escolher o imóvel que gasta menos energia na hora de comprar a casa própria. E para saber isso basta procurar os apartamento ou casas que possuem a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia para residências, condomínios e áreas comuns, emitido pela Eletrobrás e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).

Assim como acontece como o selo Procel de eficiência energética (usado para indicar o consumo de eletricidade nos eletrodomésticos), a etiqueta define quais são as unidades habitacionais planejadas e construídas para terem uma maior eficiência energética e, consequentemente, ter maior economia na conta de luz.

"Além de economizar, o consumidor reduz o seu impacto ambiental", diz Marcio Damasceno, técnico envolvido no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE), responsável pela área de edificações.

A certificação, que é voluntária, foi concebida dentro do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e prevê que moradores de prédios com a etiqueta de eficiência energética possam reduzir de 30% a 40% a conta de luz no fim do mês.

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"No ano passado, lançamos a etiqueta para imóveis comerciais e agora, no final de 2010, a marca chegou para os residenciais. Já existem nove unidades com o selo: cinco prédios residenciais em São Paulo e quatro casas no Rio Grande do Sul", diz Damasceno.

A avaliação das residências considera aspectos como o desempenho térmico de fachadas (coberturas), qualidade de iluminação e ventilação natural e a eficiência do sistema de aquecimento da água - sempre considerando as diversas estações do ano. Além disso, a metodologia de avaliação foi definida a partir de 150 mil simulações, com critérios diferentes cada uma das oito regiões brasileiras com climas variáveis.

Para cada um dos pré-requisitos é dada uma classificação, que vai de "A" a "E', dependendo dos níveis de eficiência energética verificados. A média ponderada das categorias determina a nota final do prédio, que tem a mesma variação.

No caso de prédios com várias residências, cada unidade de apartamento terá etiqueta individual correspondente ao seu nível de eficiência energética. O condomínio como um todo receberá sua própria etiqueta com o número de unidades por estágio de eficiência e com a mesma variação.

Também serão avaliadas e receberão etiqueta as áreas de uso comum (como corredores, playground, quadras e elevadores). "A etiqueta poderá ficar estampada tanto nas áreas de grande circulação do prédio como na entrada de cada unidade residencial ou apartamento", diz Damasceno.

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Segundo dados da Eletrobrás, no Brasil, as residências são responsáveis por 22% do consumo nacional de energia elétrica. "É bom ressaltar que a etiqueta também pode ser obtida por imóveis antigos - desde que tenham sido planejados com sustentabilidade e a eficiência energética. Mas sabemos que é mais difícil fazer isso depois que a obra já foi construída", diz Damasceno

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