Compra virtual com cartão. Fique atento

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Por crespoangela
Atualização:

Texto de Maíra Teixeira

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As facilidades das compras virtuais têm atraído cada vez mais os consumidores. Só em 2006, 7 milhões de internautas fizeram compras online, segundo pesquisa realizada pela e-bit (empresa de consultoria em compras virtuais). Na contramão de toda essa comodidade está a falta de checagem, pela empresa que vende, dos dados do consumidor.

Qualquer pessoa com um cartão de crédito em mãos, seja titular ou não dele, consegue fazer uma compra online. "O sistema é muito frágil. Não é preciso digitar uma senha de segurança e, dificilmente, verificam se o internauta que está fazendo a compra é mesmo o dono do cartão", analisa Dinah Barreto, assistente de direção do Procon-SP.

O site que vende um produto sem confirmar os dados do comprador (que não reconhece a compra) pode ser responsabilizado. "Quando o consumidor não reconhece a compra não pode ser obrigado a pagar pelo serviço ou produto. É um dever da empresa garantir uma oferta com segurança e checagem de dados."

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Nesses casos de compra sem a autorização do titular, é preciso fazer um Boletim de Ocorrência em um distrito policial e denunciar a um órgão de defesa do consumidor. "Além de registrar uma reclamação na própria empresa que não zelou pela segurança do negócio. Lembre-se sempre de guardar os protocolos de reclamação. O consumidor, seja internauta ou não, deve aprender a fazer todas as transações por escrito e guardar os comprovantes para serem utilizados em caso de embate judicial."

Dinah esclarece que é obrigação da empresa checar a assinatura, fazer perguntas que confirmem que é o próprio portador do cartão é que o está utilizando. Ela faz um alerta. "O consumidor que se sentir lesado deve ir à Justiça pedir a reparação do engano. É preciso ter atenção redobrada com as fraudes que vêm aumentando e são cada vez mais previsíveis, a partir do momento que as compras virtuais vêm aumentando muito."Em relação a 2005, o número de pessoas que utilizam o serviço de compra pela internet cresceu 46%, chegando a um faturamento de R$ 4,4 bilhões, de acordo com a e-bit.

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