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Chip da Claro está proibido, mas é vendido em São Paulo

do Jornal da Tarde

Por Marcelo Moreira
Atualização:

Os chips da operadora de celular Claro continuaram a ser comercializados ontem em pontos de venda terceirizados da cidade de São Paulo, como bancas de jornal e por camelôs, apesar da proibição da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apurou o JT. Nas lojas da operadora, as vendas foram suspensas. Quem compra um chip em pontos de venda terceirizados da capital não consegue habilitar a linha, seja por telefone ou nas lojas.

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A Anatel decidiu proibir desde ontem as vendas da Claro, da TIM e da Oi na semana passada em todo o País por conta do elevado número de queixas contra os serviços prestados, desde a qualidade do sinal até o atendimento em geral. Em cada Estado, a pior operadora, segundo os órgãos de defesa do consumidor, foi proibida de vender novas linhas - em São Paulo, a Claro foi a punida.

Dono de uma banca de jornais no centro de São Paulo, Ricardo Guerreta oferecia ontem um chip da Claro por R$ 7. Ele disse que soube da proibição das vendas de linhas da empresa em São Paulo pela imprensa e, por isso, deixou de encomendar novos chips da operadora.

"Estou vendendo o que tenho em estoque. Só restou um", diz o. O empresário compra o produto de uma revendedora da Claro e afirmou que ninguém lhe disse que não poderia vender os chips a partir de ontem.

Consumidores desavisados compraram chips da Claro em camelôs e pontos de venda terceirizados na zona oeste de São Paulo, mas não conseguiam habilitar a linha. Lojas abertas da operadora informavam da proibição, assim como o serviço telefônico.

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A situação se repete em bancas de jornal em Vitória, Aracaju, Curitiba e no Rio. Na capital fluminense, onde a TIM teve suas vendas suspensas, quem se dispôs a percorrer as ruas do centro ainda encontrou chips da operadora à venda. Nos camelôs, a situação não é diferente.

Nos calçadões das Avenidas João Pessoa, São Cristóvão e Laranjeiras, no centro de Aracaju (SE), vendedores ambulantes estavam, ontem pela manhã, oferecendo os chips, com o preço entre R $ 8 e R$ 10. Os vendedores disseram que desconhecem a determinação da Anatel, por isso as vendas continuam.

As lojas próprias de TIM, Oi e Claro visitadas abriram normalmente em várias capitais e cidades grandes do interior, mas não venderam linhas nas regiões onde foram proibidas.

O administrador de sistemas Dalmo Cardoso tentou comprar um chip da Claro ontem em uma loja da empresa em São Paulo, e não conseguiu. "Voltei agora a morar no Brasil e só tenho o celular corporativo." Como a maior parte de seus parentes é cliente da Claro, ele vai esperar as vendas serem retomadas para comprar o celular.

Interrupção total

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O superintendente de serviços privados da Anatel, Bruno Ramos, disse na semana passada que a suspensão da comercialização de novas linhas vale para todos os pontos de venda. Segundo ele, as companhias terão de colocar comunicados informando sobre a interrupção das vendas nesses locais. "Inclusive nos camelôs."

A Anatel informou, no entanto, que vai fiscalizar o serviço por meio da habilitação das linhas nas centrais das operadoras, e não nos pontos de venda.

Em comunicado, TIM, Claro e Oi disseram que avisaram as redes de atendimento, inclusive as revendas, de que a comercialização de chips está proibida. Mas, mesmo que alguma venda seja feita sem autorização, as linhas não serão ativadas.

 

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