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Cadastros ajudam a escolher a empresa certa

Por crespoangela
Atualização:

Texto de Andréia Fernandes

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Optar por um determinado fabricante ou fornecedor de serviços não é uma tarefa fácil. Afinal, como saber se tal empresa respeita e mantém um bom relacionamento com seus clientes?

Existem, entretanto, bons aliados na busca da informação para a compra acertada. São os rankings que órgãos de defesa do consumidor têm disponíveis em seus sites ou pelo telefone. Eles indicam as situações em que as empresas são reclamadas e como se comportam para resolvê-las. Um dos mais expressivos é o Cadastro de Reclamações Fundamentadas do Procon-SP, que pode ser acessado pelo site www.procon.sp.gov.br.

"O Código de Defesa do Consumidor obriga todos os Procons a divulgar informações sobre as empresas e setores reclamados", explica Selma do Amaral, assistente de Direção do Procon-SP.

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Com o nome ou o CNPJ da empresa, é possível fazer consultas referentes às reclamações recebidas pelo órgão no ano anterior. Há informações sobre o número de queixas por empresa e setor, quantas foram solucionadas, quantas ficaram sem solução e quais os motivos das reclamações. As informações também são disponibilizadas pelo telefone 11-3824-0446. "Por meio dessas ferramentas, é possível saber como as empresas se comportam", explica Selma.

A assistente de Direção do Procon-SP ressalta que o bom consumidor, antes de sair às compras, deve consultar os rankings para ter uma visão de como agem os fornecedores. "O cidadão deve usar o cadastro da mesma forma que o comércio usa as listas negras dos órgãos de proteção ao crédito, como Serasa e SPC. O comerciante tem o direito de negar a venda a crédito a um consumidor que tem o nome 'sujo', assim como o cidadão pode deixar de comprar de determinada empresa porque ela recebe muitas reclamações no Procon."

Sindec reúne dados de 19 Procons

Outra ferramenta importante é o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), ligado ao Ministério da Justiça.

O sistema reúne em rede as bases de dados de Procons de 19 Estados (Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins). O Procon-SP, em breve, também integrará a rede de informações.

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Por meio desse cadastro unificado, é possível consultar o comportamento das empresas em todo o País, pois os consumidores têm acesso aos atendimentos registrados e os tipos de problemas mais reclamados.

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O site(www.mj.gov.br/dpdc/sindec)fornece ainda orientações técnicas sobre os temas mais consultados, gráficos, estatísticas, notícias, dicas de Educação para o Consumo e download de material educativo.

Como identificar corporações socialmente responsáveis

Escolher empresas que defendem valores próximos aos seus também é um critério importante para as compras. "O consumidor deve escolher empresas com Responsabilidade Social, ou seja, aquelas que atuam pensando no impacto que causam ao ambiente e à sociedade produzindo embalagens não poluentes, que colaborem com comunidades carentes, que atuam sem poluir o ambiente", afirma Aron Belinky, do Instituto Akatu pelo Consumo Consciente.

"Quando o consumidor escolhe uma empresa, ele dá um voto a essa organização e, se escolher empresas que produzem suas mercadorias sem causar impactos negativos e ainda ajudam a sociedade, está dando um voto para melhorar o mundo", sintetiza.

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Existem diversas formas de identificar empresas que têm a responsabilidade social como um dos componentes de seu negócio. "A principal delas é buscar a informação. É possível encontrá-la na imprensa, nas ONGs. A informação existe, basta procurá-la", diz Belinky. Mas o cidadão deve ficar atento: responsabilidade social não se resume a um projeto. "Muitas empresas fazem propaganda, alardeiam uma única ação. Mas a socialmente responsável é aquela que se preocupa também com a relação com seus funcionários, acionistas, fornecedores e consumidores.

De nada adianta apoiar financeiramente uma instituição se um fornecedor da empresa, por exemplo, explora o trabalho infantil", ressalta o especialista.

O Instituto Akatu disponibiliza em seu site (www.akatu.com.br)o Centro de Referência para o Consumo Consciente, um conjunto pedagógico que oferece uma biblioteca com material sobre consumo consciente e indicadores das empresas engajadas, e o Guia de Empresas e Produtos, que permite uma visão de um conjunto de empresas, suas marcas e o que cada uma produz, além da pontuação que cada empresa obteve na Escala Akatu de Responsabilidade Social e Empresarial.

Transformando a sociedade com atos cotidianos

Todo consumidor pode ser um agente transformador na construção de uma sociedade mais justa e sustentável por meio de seus atos cotidianos.

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Reutilizando produtos e embalagens e separando materiais para reciclagem, ele pode diminuir o impacto ambiental. Procurando conhecer valores e práticas de empresas e deixando de comprar produtos pirateados, o cidadão contribui para melhorar as condições de vida da sociedade e ajuda a combater o crime organizado.

Segundo Aron Belinky, do Instituto Akatu, são seis os principais desafios que os cidadãos do século 21 enfrentarão para a construção de uma nova sociedade de consumo sustentável, na qual a satisfação das necessidades humanas seja compatível com a preservação do Planeta: "Sair do modelo da abundância para o da escassez, mudar padrões de consumo, adotar novo estilo de vida, combater o desperdício, repensar os conceitos de qualidade de vida e felicidade e rever valores." No teste ao lado, é possível descobrir se suas atitudes do dia-a-dia ajudam a atingir esses objetivos.

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