Política

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Bolsonaro defende tratamento precoce na abertura da 76ª Assembleia-Geral da ONU

Em Nova York, presidente ignorou apelos da diplomacia brasileira para moderar fala

O presidente Jair Bolsonaro abriu a 76ª Assembleia-Geral da ONU insistindo na retórica de que seu governo é melhor do que o retratado na imprensa e disse, como fez em 2019, que o Brasil esteve "à beira do socialismo". Nos cerca de 13 minutos de pronunciamento, ainda atacou governadores e prefeitos por políticas de isolamento social na pandemia de covid-19, defendeu o chamado "tratamento precoce" contra a doença — em referência a medicamentos comprovadamente ineficazes contra covid, como hidroxicloroquina e ivermectina — e se colocou contrário a "passaportes de vacinação".

 

Antes dele, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, fez uma defesa contendente da vacinação contra a covid-19 e destacou, além da pandemia, os problemas a serem enfrentados pelos líderes internacionais, em especial as mudanças climáticas. "Criamos problemas que somos capazes de resolver".

 

Bolsonaro chegou à assembleia pressionado por líderes internacionais por não ter se vacinado contra o coronavírus. O avanço da imunização global como saída para o fim da pandemia de covid-19 e a recuperação da economia foi a tônica de vários discursos de hoje. 

 

A 76ª Assembleia-Geral da ONU segue até o dia 27.

 

  • 11h34

    21/09/2021

    Biden cita o Afeganistão e conflitos armados ao redor do mundo em seu discurso 

     

    Reforçando seu tom multilateralista, Biden afirmou que os Estados Unidos farão sua parte, por meio de diplomacia, para mitigar conflitos armados ao redor do mundo, citando Etiópia e Iemen. O presidente americano pediu “mais paz e segurança para todas as pessoas”. 

     

    Biden citou o Afeganistão, onde a retirada das tropas americanas foi seguida pela tomada do Poder pelo grupo fundamentalista islâmico Taleban. Ele afimou que o país asiático deve receber suporte para seguir em frente e conter o grupo. “Nós todos somos a favor que as mulheres tenham direitos políticos e econômicos para que possam perseguir seus sonhos livres de violência e intimidação”.

     

    Biden também reafirmou sua prioridade em reforçar alianças com os parceiros da Otan, que foram deixadas em segundo plano durante os anos de governo Trump. "Nos últimos 8 meses, eu priorizei reconstruir nossas alianças,revitalizando nossas parcerias e reconhecendo que elas são centrais e para a continuidade da segurança e prosperidade dos EUA".

     

    Foto: Reprodução/Youtube ONU

    Foto: Reprodução/Youtube ONU

  • 11h22

    21/09/2021

    'Estamos de volta à mesa de negociaçoes internacionais', diz Biden

     

    O presidente Joe Biden reforçou a política externa que tem adotado durante o discurso. "Estamos de volta à mesa de negociaçoes internacionais, especialmente das Nações Unidas, para focar a atenção e ação global e compartilhar desafios", afirmou, ressaltando a volta do país a acordos e organizações internacionais, como a Organização Mundial de Saúde. "Conforme os Estados Unidos buscam guiar as ações mundiais, lideraremos não apenas com o exemplo de nosso poder, mas com o poder de nosso exemplo."

     

    "Não se enganem, os Estados Unidos vão continuar se defendendo, seus aliados e interesses contra ataques, incluindo ameaças terroristas quando necessário. Mas para defender nosso interesse nacional, incluindo contra ameaças em curso e iminentes, mas a missão precisa ser clara e alcançavel, feita com o consentimento dos americanos e sempre que possível em parceria com nossos aliados."

     

  • 11h08

    21/09/2021

    Biden abre discurso falando em 'luto compartilhado'

     

    Joe Biden iniciou seu primeiro discurso na Assembleia-Geral da ONU como presidente dos Estados Unidos fazendo referência à pandemia da covid-19, definindo o momento como de dor e possibilidades. "Nosso luto compartilhado ajuda a lembrar que nosso futuro coletivo vai reconhecer nossa habilidade de reconhecer a humanidade e agir juntos".

    O discurso de Biden é direcionado à cooperação internacional e ao trabalho em causas comuns. Além da pandemia, o presidente americano também menciona as mudanças climáticas como um desafio comum a ser enfrentado.

    Em vez de continuarmos as guerras iniciadas no passado, estamos abrindo nossos olhos e direcionando nossos recursos para os desafios que são chave para o nosso futuro coletivo.

     

    "Encerrando essa pandemia, dando resposta às mudanças climáticas, coordenando a dinâmica de poder global e formatando às regras globais em assuntos-chave, como comércio, novas tecnologias e encarando as ameaças do terrorismo atuais"

  • 11h04

    21/09/2021

    Leia a íntegra do discurso do presidente Jair Bolsonaro na 76ª Assembleia-Geral da ONU

     

    Senhor Presidente da Assembleia-Geral, Abdullah Shahid,

     

    Senhor Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, 

     

    Senhores Chefes de Estado e de Governo e demais chefes de delegação,

     

    Senhoras e senhores,

     

    É uma honra abrir novamente a Assembleia-Geral das Nações Unidas. 

     

    Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões. 

     

    O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019. 

     

    Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção.

     

    O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo.

     

    Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo.

     

    Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares, hoje são lucrativas.

     

    Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro. 

     

    Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada.

     

    O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. Programa que já é uma realidade e está em franca execução.

     

    Até aqui, foram contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos e a

  • 11h03

    21/09/2021

    Bolsonaro cita atos de 7 de Setembro em discurso na ONU

     

    Em mais um aceno à sua base aliada, o presidente Bolsonaro incluiu em seu discurso as manifestações de apoio ao governo que aconteceram no último dia 7 de Setembro. Ele afirmou que milhões de brasileiros foram às ruas de forma "ordeira e pacífica" para mostrar que "não abrem mão da democracia". Na ocasião, o presidente atacou o ministro do Supremo Alexandre de Moraes e fez ameaças à Corte. Bolsonaro disse ainda que as manifestações daquele dia foram as maiores da história do País.

     

    Davi Medeiros

  • 11h03

    21/09/2021

     

    Bolsonaro afirma que concederá vistos humanitários a afegãos 

     

    O presidente Jair Bolsonaro ressaltou em seu discurso políticas do Brasil de acolhimento a refugiados e disse que concederá vistos humanitários a afegãos. "Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida do governo federal já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados pela crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana", dissse, antes de afirmar que concederá vistos a afegãos "cristãos, mulheres, crianças e juizes".

     

    "Apoiamos uma reforma do Conselho de Segurança da ONU, em que buscaremos uma cadeira permanente para o Brasil", afirmou, lembrando que o País participará da cúpula em 2022. 

     

  • 10h59

    21/09/2021

    'Temos tudo o que o investidor procura', diz Bolsonaro

     

    Na segunda parte de seu discurso, o presidente Bolsonaro mirou os investidores internacionais. "Apresento agora um novo Brasil, com sua credibilidade restaurada perante ao mundo". 

     

    Bolsonaro destacou os investimentos do governo na construção de ferrovias e o leilão para implementação da tecnologia 5G, a ser realizado nos próximos meses, além de defender a agricultura brasileira, definida por ele como "moderna", "sustentável" e de "baixa emissão de carbono". Segundo o presidente, "nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa como a nossa".

     

    Sobre a política ambiental, Bolsonaro disse que o Brasil antecipou de 2060 para 2050 o compromisso de atingir a neutralidade climática. Ele sinalizou para o compromisso em "buscar consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global" na COP-26. "O futuro do emprego verde está no Brasil", afirmou.

     

    Ao citar os indígenas, Bolsonaro repetiu que eles "cada vez mais desejam utilizar suas terras para agricultura e outras atividades".

     

     

    Cássia Miranda

    Foto: Reprodução

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