Política

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CPI da Covid: Acompanhe a sessão de hoje com depoimento do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres

Senadores devem questionar intenção do governo de mudar bula da cloroquina, de acordo com depoimento do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, participa nesta terça-feira, 11, da CPI da Covid no Senado. 

 

Barra Torres criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia, tanto em relação a declarações que questionaram a eficácia de vacinas quanto às aglomerações que o presidente promoveu. "Posição do presidente contra a vacina vai contra tudo o que a Anvisa preconiza".

 

Ele foi questionado pelos senadores sobre a intenção do governo de mudar a bula da cloroquina. De acordo com ele, a ideia foi comentada pela médica Nise Yamaguchi em reunião do comitê interministerial com a presença do presidente Jair Bolsonaro numa sala do 4º andar do Palácio do Planalto. 

 

"Aquilo me provocou uma reação deseducada. Falei que não poderia acontecer. Isso não tem cabimento."

 

Ele também afirmou que que a aprovação da Sputnik V depende da entrega de mais documentos por parte dos desenvolvedores. "Não pegamos vacina e colocamos no microscópio. A análise é feita a partir dos documentos apresentados". 

 

Após as oitivas com o atual e dois e

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  • 16h56

    11/05/2021

    Encerramos aqui nossa cobertura do depoimento do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, à CPI da Covid. Nesta quarta-feira, 12, acompanharemos a oitiva do ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten.

  • 16h41

    11/05/2021

    Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid do Senado, encerrou a sessão desta terça-feira,11. A reunião de amanhã,  com o ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten, está convocada às 9h30.

     

  • 16h10

    11/05/2021

    ‘Vacina não é para ter vírus replicantes’

     

    O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, disse que a recusa da autorização de uso emergencial da Sputnik V se baseou em documentos enviados pelos próprios russos, uma vez que a agência não faz testes laboratoriais. 

     

     

    “Vacina não é para ter vírus replicantes. No documento dos próprios russos, mostra um número superior a zero”, respondeu Barra Torres ao questionamento da senadora Rose Freitas (MDB). Ela gostaria de saber onde a Anvisa conseguiu os testes da Sputnik V que demonstraram que os vírus se replicavam. Mais cedo, o presidente da Anvisa havia afirmado que a agência "não pega a vacina e coloca no microscópio."

     

    Érika Motoda

     

  • 15h22

    11/05/2021

    Senador questiona uso de Sputnik V na Argentina e veto no Brasil 

     

    O senador Angelo Coronel (PSD-BA) fez um apelo para a Anvisa autorizar a importação da vacina Sputnik V, alegando que a Argentina está utilizando o imunizante “sem problemas” e não vê razão para a agência não autorizar o uo emergencial do imunizante russo. 

     

    “Nosso esforço é buscar as soluções. Nos dói ver essas cenas (mortes por coronavírus), mas não podemos criar outras cenas de choro à beira de leitos de hospital por motivos causados por produtos que não têm eventualmente uma segurança autorizadas por nós”, respondeu o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

     

    A Anvisa rejeitou um pedido de análise para a liberação do uso emergencial da Sputnik V, desenvolvida na Rússia que será fabricada no Brasil pelo laboratório União Química. Segundo a agência, o pedido não cumpre com requisitos mínimos para a aplicação emergencial das doses, como a vacina ter estudos de fase 3 em andamento no Brasil.

     

    Érika Motoda

  • 15h10

    11/05/2021

    A sessão foi retomada e o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, agora responde perguntas do senador Ângelo Coronel (PSD-BA)

  • 14h44

    11/05/2021

    Senadores fazem um breve intervalo e devem retornar em cerca de 20 minutos. 

  • 14h02

    11/05/2021

    Anvisa autorizou estudo com hidroxicloroquina, e não ‘tratamento precoce’

     

    O presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, esclareceu que o ofício enviado ao Hospital Israelita Albert Einstein em março deste ano se trata sobre o uso da hidroxicloroquina em estudos para casos leves da covid-19, e não para o tratamento preventivo da doença, como defende o presidente Jair Bolsonaro. “Jamais aprovamos protocolo de tratamento com medicamento off-label.”

     

    No sábado, Bolsonaro chamou a CPI da Covid de "vexame" e voltou a defender a cloroquina, por mais que diversas autoridades de saúde neguem a eficácia do medicamento desde o ano passado. 

     

    Érika Motoda

  • 14h00

    11/05/2021

    TV Estadão: 'Posição do presidente contra a vacina vai contra o que a Anvisa preconiza'

     

     

     Ao ser questionado sobre o comportamento anti-vacina do presidente Jair Bolsonaro, o diretor-presidente da Anvisa respondeu que isso "vai contra tudo o que temos preconizado em todas as manifestações públicas. Entendemos que a política de vacinação é essencial". Barra Torres relembrou que o uso de máscaras e álcool em gel continua sendo importante, mesmo após a vacinação. Ele também comentou que os servidores se sentiram "ofendidos" com a afirmação feita pelo líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), de que os diretores da agência estão "fora da casinha" e "nem aí" para a pandemia.

     

  • 13h18

    11/05/2021

    Vacinas brasileiras estão travadas por falta de documentos

     

    O diretor-presidente da Anvisa disse que a aprovação dos testes em humanos das vacinas Butanvac, do Instituto Butantan, e a Versamune, da Universidade de São Paulo (USP) com o governo federal, estão travadas à espera de documentos. 

     

    O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes anunciaram as "vacinas brasileiras" em março deste ano, mas ainda não cumpriram as exigências da Anvisa para a realização dos estudos clínicos.

     

    Érika Motoda

     

  • 12h59

    11/05/2021

    'Não concordo com esse tipo de aglomeração', diz presidente da Anvisa sobre 'motopasseata' de Bolsonaro

     

    "Sou contra qualquer tipo de evento como esse. Não compareci. Além ser sanitariamente inadequado, estava  me preparando para estar aqui na CPI", disse Antonio Barra Torres sobre a "motopasseata" organizada neste domingo, Dia das Mães, em Brasília, com apoiadores de Jair Bolsonaro e com a participação do presidente.

     

    "Não concordo com esse tipo de aglomeração. Qualquer menção a não usar máscara, álcool em gel e ser contra vacinação vai contra as indicações sanitárias.

     

    Antes da declaração, o presidente da Anvisa ainda discordou do 'lema' adotado pelo ex-ministro Eduardo Pazuello, de "um manda, outro obedece". Também militar, Barra Torres diz que "não compartilha dessa filosofia".

     

    Adriana Ferraz

  • 12h48

    11/05/2021

    'As pessoas devem brigar para ser vacinadas', diz Barra Torres

     

     

  • 12h43

    11/05/2021

    'De 58 países, 24 países não usavam a vacina Sputnik-V na época da nossa análise'

     

    Ao explicar o processo de análise pela Anvisa do pedido de importação da vacina Sputnik-V, Antonio Barra Torres citou o número real de países que, segundo ele, utilizam o imunizante hoje contra a covid-19. "De 58 países, 24 países não usavam a vacina Sputnik-V na época da nossa análise."

     

    O presidente da agência regulatória afirmou ainda que dos países que aprovaram o uso do produto, com exceção de México e Argentina, nenhum outro tem órgãos do tipo da Anvisa. 

     

    Barra Torres ressaltou aos senadores que a Sputnik-V foi a primeira vacina aprovada no mundo (pela Rússia), mas sem a apresentação de estudos clínicos de fase 3, o último necessário para o pedido de registro. Segundo ele, a "corrida vacinal não é vencida por quem sai na frente, mas por quem chega na frente".

     

    Adriana Ferraz

  • 12h30

    11/05/2021

    'Anvisa é uma agência de Estado, não de governo', diz Barra Torres

     

    Barra Torres defendeu a atuação da Anvisa e afirmou que quando a agência é acusada de seguir uma orientação política, revela-se um desconhecimento por parte de quem acusa sobre a atuação da agência. "Precisaria de um poder de conhecimento sobrenatural para flexionar uma equipe a cumprir o seu desejo. Anvisa é uma agência de Estado, não de governo."

     

    "Os servidores são agrupados em áreas técnicas. Temos especialistas de todas as áreas. É um grupo heterogêneo do ponto de vista cultural e social, mas unido perante o trabalho a desempenhar. Não há possibilidade que um diretor exerça poder de mando sobre pessoas que, a custo do próprio CPF, de juízos técnicos que não sejam seus próprios", disse o presidente da Anvisa.

     

    "Por exemplo, quando temos um fiscal da Anvisa no aeroporto, o CPF cadastrado para anuir uma autorização de importação é daquele servidor. Se um diretor tiver a vontade de que ele autorize um produto a entrar e ele (servidor) disser não, o produto não vai entrar, porque é impossível que um diretor cadastre seu CPF no sistema e passe a autoridade do servidor."

     

    Érika Motoda

  • 12h26

    11/05/2021

    'Somos legalistas na Anvisa, cumprimos o que a lei determina, diz Barra Torres sobre prazos para aprovação de vacinas'

     

    Ao senador Marcos Rogério (DEM-RO), um dos parlamentares que integram a ala governista na CPI, o presidente da Anvisa tratou da questão da judicialização da pandemia. Afirmou que, no caso da aprovação de vacinas, a análise deve ser científica mesmo, não tendo de se submeter a determinados prazos estipulados pela Justiça.

     

    "A judicialização de processo científicos pode ser boa ou não. Se for constatado que há histórico de deslizes, de condutas inadequadas de uma agência reguladora, a ação judicial vai buscar corrigir aquilo ali. Na questão dos prazos, ela gera a situação de que a análise científica tem de ser feita num determinado prazo temporal. Somos legalistas, cumprimos o que a lei determina", disse Barra Torres.

     

    Se fosse no caso da Sputinik, a vacina russa não aprovada ainda pela Anvisa, a possibilidade de "travar cronômetro" não seria suficiente, afirmou o presidente da agência.

     

    Adriana Ferraz

  • 12h24

    11/05/2021

    Barra Torres diz que se arrepende de ter aparecido em manifestação pró-governo em março de 2020

     

    O presidente da Anvisa afirmou que se arrependeu de ter aparecido no dia 15 de março de 2020 ao lado do presidente Jair Bolsonaro durante um ato pró-governo em frente ao Palácio do Planalto. Ele foi fotografado sem máscara e justificou que à época a máscara não era uma indicação preconizada à toda a população. 

     

    "A conduta do presidente difere da minha. As manifestações que faço são todas no sentido do que a ciência determina. Naquela época, o que preconizava o Ministério era o uso de máscaras usadas por profissionais de saúde, entre outros grupos. Não havia consenso sobre uso de máscara pela população."

     

    Ele disse ter se arrependido de não pensar na imagem negativa que sua presença ao lado do presente causaria. "Estive no Planalto com o presidente naquele dia, havia uma manifestação e quando cheguei ele foi até perto dos apoiadores. Aguardei a interação, tratamos do que tinha que tratar. Hoje, tenho a consciência de que se eu tivesse pensado mais cinco minutos, não teria feito até porque não era um assunto que precisasse de urgência para ser tratado. Não refleti na questão da imagem negativa. Depois disso, nunca mais houv

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