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CPI da Covid: Veja como foi o depoimento de Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secom

Ex-chefe da Secom deu depoimento contraditório a senadores da comissão e evitou criticar o governo de Jair Bolsonaro

A CPI da Covid ouviu nesta quarta-feira, 12, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten.

 

Em depoimento, o empresário evitou críticas ao governo de Jair Bolsonaro e foi alvo de reclamação do presidente da CPI, o senador Omar Aziz, que chegou a suspender momentaneamente a sessão após o depoente não responder quem instruiu Bolsonaro com informações erradas, conforme afirmou em entrevista à revista Veja. Aziz avisou que Wajngarten pode voltar à CPI como investigado.

 

As diversas contradições na fala de Wajngarten levaram o presidente da comissão a anunciar o envio do depoimento do ex-secretário ao Ministério Público. Ao acatar uma questão de ordem, Aziz afirmou que o documento servirá para o procurador responsável pelo caso tomar as "providências" que entender cabíveis, incluindo a aplicação de penas restritivas pelo eventual cometimento do crime de falso testemunho perante à CPI. 

 

O relator Renan Calheiros ameaçou prendê-lo depois de uma série de contradições, mas Aziz ponderou que não é "carcereiro" de ninguém.

 

 

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  • 19h59

    12/05/2021

    Sessão é encerrada.

  • 19h50

    12/05/2021

    Omar Aziz diz que Marcelo Queiroga vai voltar à CPI porque 'mentiu muito'

     

    O presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), disse que o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, vai voltar à comissão "porque mentiu muito", até mais do que o ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten.

     

    O senador afirmou ainda que Wajngarten trouxe uma contribuição para a comissão que nenhum depoente trouxe até agora. Ele se referia à informação de que o Planalto ignorou por dois meses negociação de vacinas da Pfizer.

     

    Apesar de ter se colocado contra a prisão do ex-secretário, Omar Aziz declarou que não terá a mesma paciência em relação aos outros depoimentos. "Se alguém achar que vai brincar com a CPI, que vai intimidar a CPI, está muito enganado comigo."

     

    Bianca Gomes

  • 19h44

    12/05/2021

    Omar Aziz diz que Wajngarten 'não agradou ninguém' hoje e que 'prisão' seria 'menor castigo'

     

    O presidente da CPI da CovidOmar Aziz (PSD-AM), disse ao ex-secretário Fábio Wajngarten que a prisão seria o "menor castigo" que ele vai sofrer na vida. "Porque hoje, aqui, você não ficou bem com ninguém. Você entregou um documento que nenhum de nós tínhamos conhecimento. Você não agradou o governo, não agradou a ninguém. Você vai sofrer", afirmou ele. 

     

    "A vida machuca a gente. E a prisão não seria nada mais terrível do que você perder a credibilidade, você perder a confiança e você perder principalmente o legado que você construiu até agora. Por isso, eu lhe aconselho: quando vossa excelência for ser chamada para falar sobre o que aconteceu aqui hoje, procure falar a verdade, porque eu sei que as coisas não vão parar aqui. É natural. A CPI tem desdobramentos", declarou o presidente da CPI.  

     

    Bianca Gomes

  • 19h17

    12/05/2021

    CPI vai enviar depoimento de Wajngarten ao MP para apurar falso testemunho

     

    O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou que a comissão enviará o depoimento do ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten ao Ministério Público para que o órgão apure eventual cometimento do crime de falso testemunho.

     

    A ação acata à questão de ordem do senador Humberto Costa (PT-PE). Ao sugerir o encaminhamento, ele afirmou que a CPI não pode ser "objeto de uma desmoralização".

     

    Em despacho lido na sessão, Omar Aziz afirmou que o envio do documento servirá para o procurador responsável pelo caso tomar as "providências" que "entender cabíveis", "no sentido de promover apuração e eventualmente a responsabilização, inclusive com aplicação de penas restritivas de direito pelo eventual cometimento do crime de falso testemunho perante essa comissão".

     

    Segundo o presidente da CPI, é importante que o Ministério Público averigue se Wajngarten infringiu o Código Penal ao oferecer para a comissão "falso testemunho ou falsa perícia". O senador pontuou que há percepções de “diversos senadores” de que o ex-chefe da Secom mentiu à comissão.

     

    Mais cedo, o r

  • 18h17

    12/05/2021

    O pandemônio das respostas do governo à pandemia; leia análise

     

     

    Em depoimento à CPI da Covid, Wajngarten optou por isentar o presidente Jair Bolsonaro, de quem é próximo desde a campanha eleitoral de 2018. Leia a análise completa de Mário Scheffer, professor da Faculdade de Medicina da USP. 

  • 17h14

    12/05/2021

    Flávio Bolsonaro chama Renan de 'vagabundo'

     

    Em fala para criticar o pedido de prisão do ex-chefe da Secom, Fábio Wajngarten, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) chamou Renan Calheiros (MDB-AL) de "vagabundo" e disse que o relator da CPI da Covid está usando a comissão como "palanque".

     

    "Que a CPI busque colaborar com a vacina no braço do brasileiro. Salvar vidas. E não fazer de palanque como o senador Renan Calheiros tenta fazer aqui a todo o momento. Imagina a situação: um cidadão honesto ser preso por um vagabundo como o Renan Calheiros. Olha a desmoralização", disse Flávio Bolsonaro.

     

    Em seguida, o relator Renan Calheiros rebateu a acusação: "Vagabundo é você que roubou dinheiro". 

     

    O filho do presidente Jair Bolsonaro ainda elogiou em sua fala o trabalho do presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM). "Pessoa equilibrada, ponderada, já entendeu que não pode deixar a CPI se tranformar em um circo", disse Flávio. 

     

    O senador do Republicanos, que saiu em defesa do ex-chefe da Secom, disse que há contradições em outros depoimentos. "Mandetta mentiu aqui nessa mesa", acusou ele, que depois afirmou que Aziz "salvou" a comissão ao não concordar com o pedido de prisão de W

  • 17h04

    12/05/2021

    Em carta a Bolsonaro, Pfizer alertou que rapidez para contratar vacinas era ‘crucial’

     

    Em carta enviada pelo CEO da Pfizer, Albert Bourla, ao presidente Jair Bolsonaro, em setembro de 2020, a empresa alertou que havia feito uma proposta ao Ministério da Saúde para fornecer a vacina contra covid-19, até então em desenvolvimento, sem que tivesse obtido uma resposta do Brasil. Bourla advertiu que, apesar de todos os esforços que fazia para que doses do imunizante – à época em fase de testes – fossem reservadas ao Brasil, a celeridade nas negociações era “essencial” e “crucial” em razão da alta demanda de outros países e ao número limitado de doses em 2020. A correspondência teria ficado dois meses sem resposta – leia aqui a íntegra da carta. Leia a matéria completa.

  • 17h03

    12/05/2021

    CPI da Covid: Renan Calheiros pede prisão de Fábio Wajngarten

     

    Diante de diversas contradições no depoimento do ex-secretário de Comunicação, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que vai pedir a prisão de Fábio Wajngarten. "O espetáculo de mentira é algo que não vai se repetir e não pode servir de precedente." Veja o vídeo:

  • 16h59

    12/05/2021

    Presidente da CPI, Omar Aziz diz que não irá pedir prisão de Wajngarten: 'Não sou carcereiro de ninguém'

     

    Após o pedido de prisão do ex-secretário de Comunicação, o presidente da CPI da Covid disse que, no que depender dele, Fabio Wajngarten não sairá preso ao fim da sessão desta quarta-feira, 12. "Eu não vou ser carcereiro de ninguém."

     

    Aziz afirma que não quer que a CPI seja um tribunal que "ouve e e condena". Para ele, é possível fazer o pedido de prisão de Wajngarten posteriormente.

     

    O Código Penal, no entanto, em seu artigo 342, classifica como crime punível com reclusão de dois a quatro anos e multa, o ato de fazer afirmação falsa ou calar a verdade. Portanto, os convocados na condição de testemunha são obrigadas a comparecer e dizer a verdade.

     

    No entanto, testemunhas têm direito a não responder a perguntas que possam comprometê-las. Isso segue o princípio de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo.

     

    Érika Motoda

  • 16h40

    12/05/2021

    CPI da Covid: Revista divulga áudio em que Wajngarten aponta 'incompetência' do Ministério da Saúde

     

    Após Wajngarten ter garantido, em resposta à senadora Eliziane Gama, que nunca falou à revista Veja que houve "incompetência" do Ministério da Saúde na compra de vacinas da Pfizer, a revista divulgou áudio da entrevista em que o ex-chefe da Secom responde de forma enfática que viu como incompetência a atuação da pasta. Confira:

     

  • 16h33

    12/05/2021

    Relator da CPI, Renan Calheiros pede prisão de Fábio Wajngarten

     

    Diante de diversas contradições no depoimento do ex-secretário de Comunicação, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) disse que vai pedir a prisão do empresário Fábio Wajngarten. "O espetáculo de mentira é algo que não vai se repetir e não pode servir de precedente, disse o relator da comissão. O pedido de prisão também foi feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é professor de direito penal e delegado de polícia.  

     

    O senador fez a afirmação após Wajngarten negar que autorizou a veiculação da campanha “O Brasil não pode parar”. Renan, então, mostrou as postagens oficiais feita pelo governo.

     

    Após o presidente da CPI, o senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmar que não irá pedir a prisão do ex-secretário, Renan reforçou que se Wajngarten "sair ileso" da CPI, diante das mentiras que falou, a comissão irá abrir uma porta que depois terá dificuldade para fechar. "Na medida em que a gente não toma decisões diante do flagrante evidente, é óbvio que isso vai enfraquecendo a comissão." 

     

    O Código Penal, em seu artigo 342, classifica como crime punível com reclusão de dois a quatro anos e multa, o ato de fazer a

  • 16h27

    12/05/2021

    'É melhor mentir à Veja do que à CPI. Aqui dá cadeia', diz senador

     

    O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fabio Wajngarten voltou a dar declarações contraditórias em seu depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feiar, 12. Aos senadores, o empresário afirmou que o presidente Jair Bolsonaro não sabia de sua iniciativa de mobilizar diversos setores do País para a compra das vacinas da Pfizer. Em entrevista à revista Veja, no entanto, ele afirmou que o mandatário havia te dado aval para negociar os imunizantes. Diante da situação, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) afirmou ao ex-chefe da Secom que é "melhor mentir à Veja do que à CPI". "Aqui dá cadeia", disse Vieira. 

     

    Essa não foi a primeira fala contraditória de Wajngarten. Se em entrevista à revista Veja, em abril deste ano, ele disse que houve "incompetência" e "ineficiência" do Ministério da Saúde no atraso das vacinas, nesta quarta ele

  • 15h57

    12/05/2021

    O ex-chefe da Secom Fabio Wajngarten durante seu depoimento com a CPI da Covid.

     

    Foto: Gabriela Biló/Estadão

    sdsd

  • 15h48

    12/05/2021

    Senador expõe vídeo em que Wajngarten afirma que trabalhou normalmente com covid

     

     

  • 15h38

    12/05/2021

    Revista divulga áudio em que Wajngarten aponta 'incompetência' do Ministério da Saúde

     

    Após Wajngarten ter garantido, em resposta à senadora Eliziane Gama, que nunca falou à revista Veja que houve "incompetência" do Ministério da Saúde na compra de vacinas da Pfizer, a revista divulgou áudio da entrevista em que o ex-chefe da Secom responde de forma enfática que viu como incompetência a atuação da pasta.

     

    "Incompetência. Incompetência. Quando você tem um laboratório americano com cinco escritórios de advocacia apoiando na negociação; e você tem do outro lado um time pequeno, tímido, sem experiência... É 7x1", disse Wajngarten, questionado se foi negligência ou incompetência.

     

    Wajngarten já tinha sido perguntado o porquê de ter afirmado sobre a "incompetência" do Ministério da Saúde na aquisição das vacinas. Ele culpou a "morosidade" do sistema público. "Incompetencia é ficar refém da burocracia, morosidade na tomada de decisões é um problema em casos excepcionais como tejmos na pandemia. A não-resposta da carta (da Pfizer), o não-retorno no tempo adequado numa pandemia."

     

    Matheus Lara

     

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