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Mossack Fonseca diz que realiza 'vigorosa checagem' de clientes

Empresa panamenha especializada em abrir companhias em paraísos fiscais afirma suas verificações de clientes 'atende e muitas vezes supera as exigências de legislações, regulamentações e padrões aos quais nós e outras empresas estamos submetidos'

Foto do author André Shalders
Por André Shalders , Fernando Rodrigues , Mateus Netzel , Douglas Pereira e do UOL
Atualização:
The Panama Papers Foto: Divulgação

A Mossack Fonseca enviou nota ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), que coordenou a apuração feita por 109 veículos de comunicação de 76 países sobre os mais de 11,5 milhões de documentos relacionados às empresas offshore criadas pela firma panamenha. Eis a íntegra:   “Nossa empresa, como muitas outras, fornece serviços de agente registrado em escala global para clientes profissionais (advogados, bancos e trustes, por exemplo), que são os intermediários. Como agente registrado, nós simplesmente trabalhamos na incorporação das companhias, e antes de começarmos qualquer relação com um intermediário, realizamos um vigoroso processo de devida diligência (checagem), que atende e muitas vezes supera as exigências de legislações, regulamentações e padrões aos quais nós e outras empresas estamos submetidos.

Sede da Mossack Fonseca, no Panamá Foto: Divulgação

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“De qualquer forma, o trabalho burocrático para a abertura de uma offshore, do qual nós cuidamos, é algo muito diferente de dirigir ou comandar as ações das companhias depois de formadas. Nós apenas incorporamos as empresas, e todos reconhecem que esta tarefa é importante e às vezes crucial para garantir que a economia global funcione de forma eficiente. Ao fazê-lo, seguimos tanto a letra quanto o espírito da lei. Tanto que, em quase 40 anos de atividade, nunca fomos acusados de nenhum crime. Temos orgulho do trabalho que fazemos, independentemente das ações recentes de alguns que buscam caracterizar nosso trabalho de forma errônea.   “Finalmente, muitos países possuem normas de direito comercial (é o caso dos Estados Unidos, por exemplo) que permitem a uma pessoa ou empresa atuar como representante fiduciário de uma terceira parte, o que é 100% legal e atende a uma finalidade importante no comércio global”.

Leia mais sobre os arquivos da Mossack Fonseca no site panamapapers.icij.org (em inglês).

*Participam da série Panama Papers, além da equipe do UOL,Diego Vega e Mauro Tagliaferri, da RedeTV!, e José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte e Isabela Bonfim, de O Estado de S. Paulo  

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