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Vice-presidente do PSDB critica racha do partido na votação do distritão

'Bela demonstração de unidade', ironizou o ex-governador Alberto Goldman; ao todo, 21 deputados ignoraram orientação da cúpula e apoiaram proposta defendida por Eduardo Cunha

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

Atualizado às 15h36

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São Paulo - O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de SP, Alberto Goldman, criticou o comando nacional do partido pela divisão dos deputados da sigla na votação da proposta do distritão, nessa terça-feira, 26, na Câmara. A alteração no sistema de escolha dos deputados era defendida pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas foi derrotada pela maioria.

"Na votação do distritão, que seria o tiro fatal na tão medíocre e nascente democracia brasileira, o PSDB deu 26 votos contra e 21 a favor." Nesse sistema, seriam eleitos os deputados e vereadores mais votados, sem considerar o número de votos recebido pelos partidos ou coligações, como é atualmente. A mensagem, divulgada em seu blog, terminou com uma ironia endereçada à cúpula do partido: "Foi uma bela demonstração de unidade e organização partidária."

Alberto Goldman, criticou o comando nacional do partido pela divisão dos deputados da sigla na votação da proposta do distritão Foto: Estadão

Ao Estado, o ex-governador reforçou as críticas à cúpula tucana. "A direção tem pouca ação. Não há uma vida partidária normal no PSDB. O partido se ressente disso. A bancada na Câmara é um instrumento do partido", afirmou.   

Entre os tucanos favoráveis à proposta defendida por Cunha estavam o ex-líder da legenda na Câmara, Bruno Araújo (PE), e Arthur Virgílio Bisneto (AM). O distritão obteve 210 fotos a favor, mas precisava de 308, número mínimo para aprovar uma emenda à Constituição. O posicionamento de parte da bancada foi contra a orientação do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido. 

Goldman não deve participar da próxima direção nacional do PSDB, que será escolhida em julho e deve manter Aécio na presidência. Tucanos ligados ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, entretanto, terão mais espaço na cúpula da legenda.

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