Vice-Presidência nega irregularidades em contratação de auxiliar de Temer

Conforme revelou o 'Estado', nesta quinta. Aragão foi nomeado para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), mesmo sendo dono de uma fatia da Arko Advice, escritório que traça estratégias de lobby em Brasília

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Por Rafael Moraes Moura e Fabio Fabrini
Atualização:

Brasília - A assessoria da Vice-Presidência da República informou na noite desta quinta-feira (7) ao Broadcast Político que a documentação do assessor Thiago Gonçalves de Aragão foi "examinada pelo corpo administrativo da Secretaria de Relações Institucionais (SRI)" e cumpriu "todos os requisitos legais".

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Conforme revelou nesta quinta-feira, 7, o Estadão, Aragão foi nomeado para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), mesmo sendo dono de uma fatia da Arko Advice, escritório que traça estratégias de lobby para bancos e outras grandes empresas do setor privado em Brasília.

Embora tenha se afastado do cargo de diretor da Arko, o novo assessor da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) continua como proprietário do escritório de consultoria. Ele é dono da El Paso Doble Administração e Participações, empresa que integra o quadro societário da Arko, conforme certidões da Receita Federal e da Junta Comercial do Distrito Federal.

O presidente da Comissão de Ética dos Agentes Públicos da Presidência e Vice-Presidência da República, Carlos Humberto de Oliveira, informou nesta quinta-feira que o colegiado vai analisar o caso do assessor.

Segundo a assessoria da Vice-Presidência, que acumulou as funções da SRI, o trabalho de Thiago Aragão será "produzir análises e fornecer subsídios estratégicos para aprimorar a relação do Executivo com o Congresso Nacional". 

"Não há conflito de interesse de nenhum tipo, pois o funcionário afastou-se de suas atividades privadas", disse a Vice-Presidência, destacando que Aragão trabalha há mais de dez anos com análise política brasileira.

A nomeação de Aragão foi publicada no Diário Oficial da União, na última quarta-feira (6). Para um auxiliar da presidente Dilma Rousseff ouvido pelo Estado, o caso expõe uma situação "delicada", que pode levantar questões de conflito de interesse.

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