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Veja quem são os presos pela operação de hoje da Polícia Federal

Operação Skala tem como base o inquérito que apura benefícios ilícitos na edição do Decreto dos Portos

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Por Redação
Atualização:

Os presos pela Polícia Federal no âmbito da Operação Skala, deflagrada na manhã desta quinta-feira, estão envolvidos no inquérito que investiga se o presidente Michel Temer beneficiou empresas em troca de propina na edição do Decreto dos Portos. Autorizadas pelo ministro do Supremo Luís Roberto Barroso, as prisões foram pedidas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. 

José Yunes chega a reunião com Temer em São Paulo Foto: Felipe Rau|Estadão

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A defesa de José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer, classificou a prisão como "ilegal" e "uma violência". Também foram levados pela PF um dos donos da empresa Rodrimaro ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi e um aliado; e o amigo pessoal de Temer conhecido como Coronel Lima. 

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Veja os perfis:

José Yunes

Advogado, amigo pessoal de Temer e ex-assessor da Presidência, Yunes começou na vida pública como deputado estadual em São Paulo pelo PMDB, em 1979. Depois de dez anos como parlamentar no estado e em Brasília, passou a se dedicar a um escritório de advocacia - onde estava até ser chamado para assumir o papel de assessor especial da Presidência. Em 2015, no entanto, o ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho disse que havia levado, a pedido de Temer, propina de R$ 10 milhões ao escritório de Yunes em 2014.Ele deixou o cargo em dezembro daquele ano para “esclarecer os fatos”, que negou serem verídicos. Yunes e Temer se conheceram na década de 1950, quando cursaram Direito no Largo São Francisco.

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Coronel Lima

Amigo de Temer, o coronel João Baptista Lima Filho começou sua relação profissional com o presidente nos anos 1980, quando assessorou o emedebista na Secretaria de Segurança Pública do governo de São Paulo. Lima virou homem de confiança de Temer a partir de então. Passou a atuar como coordenador de comitês eleitorais e resolvia até problemas de família, segundo reportagens que começaram a ser feitas no ano passado, quando o discreto coronel passou a ficar sob os holofotes da Lava Jato.

Wagner Rossi

Ex-ministro da Agricultura nos governos Lula e Dilma, Rossi também foi deputado federal e presidiu, em 1999 e 2000, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), empresa estatal responsável pela administração do porto de Santos. Seu filho, deputado federal Baleia Rossi, é o líder do MDB na Câmara.

Antonio Celso Grecco

O empresário é dono da Rodrimar, acusada de ter sido beneficiada pelo Decreto dos Portos, editado por Michel Temer em 2017 em troca de propina.

Milton Ortolan

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Ortolan foi apontado pelos delatores como braço direito de Wagner Rossi. Ele já foi secretário de Educação e de Planejamento em Americana, São Paulo.