Uma coisa é Lava Jato no governo PT, outra é no governo Temer, diz Jucá

Alvo da operação e flagrado em conversa com outro investigado, ministro tenta afastar governo Temer do escândalo

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Por Rachel Gamarski e Eduardo Rodrigues
Atualização:
O Ministro do Planejamento Romero Jucá (PMDB) Foto: HÉLVIO ROMERO|ESTADÃO

Brasília - Investigado na Lava Jato e flagrado em uma conversa com outro investigado, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, em que sugere 'estancar' a operação, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, tentou fazer um contraponto entre a operação Lava Jato no governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, e no governo do presidente em exercício, Michel Temer. Exaltado durante a entrevista, ele avaliou que o governo do PT estava paralisado pela operação e tinha perdido condições de governar. Por outro lado, o ministro disse que o governo Temer é de "salvação nacional" e que, para retomar o crescimento, é preciso base parlamentar sólida e medidas. "O governo está funcionando e estamos tomando providências. Amanhã existem algumas medidas econômicas que serão anunciadas para melhorar a economia e reduzir o endividamento. Estamos trabalhando nesse governo de salvação”, frisou.

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O ministro tentou distanciar a operação Lava Jato do governo Temer e afirmou que permanece no Planejamento enquanto o presidente em exercício assim desejar. “O governo Michel Temer não tem nenhum indicador de corrupção, é o governo de mudança que está sendo e vai ser sentida pela sociedade”, destacou.

Por diversas vezes durante a coletiva de hoje, Jucá criticou a gestão da presidente afastada. Ele avaliou que Dilma cometeu crime fiscal, financeiro e de responsabilidade e que a “sangria” que teria citado durante conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado é resultado desse governo. "O Senado vai poder comparar os governos Dilma e Temer até o julgamento. Entendo que, para o Brasil, é melhor a opção Michel Temer”, disse. 

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