Um dia após racha oficial no PSDB, Temer tem agenda com ministro tucano

Aloysio Nunes recebe representantes do Mercosul em evento com o presidente

Por Carla Araujo
Atualização:
Aloysio Nunes Ferreira é titular do ministério das Relações Exteriores. Foto: Adriano Machado/Reuters

BRASÍLIA - Um dia depois de o PSDB escancarar o racha com a destituição de Tasso Jereissati pelo senador Aécio Neves, e de o presidente Michel Temer reconhecer que sofre pressão de outros aliados - como o Centrão - para antecipar a reforma ministerial, o presidente tem em sua agenda um único compromisso oficial, até o momento, justamente com um ministro tucano. 

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Aloysio Nunes, das Relações Exteriores, recebe no final da manhã desta sexta-feira, 10, junto com o presidente Temer, o vice-presidente da Comissão Europeia para Emprego, Crescimento, Investimento e Competitividade, Jyrki Katainen, e chanceleres do Mercosul. O europeu esteve nessa quinta-feira na Argentina e vem ao Brasil para dar um impulso político às negociações do acordo comercial Mercosul-União Europeia. 

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Já Antônio Imbassahy, da Secretaria de Governo, e cujo cargo é um dos cobiçados por aliados insatisfeitos, viaja no inicio da tarde para Salvador. Imbassahy era um dos únicos palacianos que costumava ficar às sextas-feiras no Planalto, mas nesta semana optou por voltar a seu reduto eleitoral. Os outros ministros palacianos, Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral), também estarão fora de Brasília nesta sexta. Padilha já está em Porto Alegre e Moreira Franco irá para o Rio de Janeiro. 

O ministro Bruno Araújo, das Cidades, que nessa quarta-feira participou e discursou no lançamento do Programa Avançar, está em Recife, seu reduto eleitoral. Possivelmente, manterá conversas com o Planalto, já que a pasta programa para a próxima semana uma cerimônia de entrega simbólica dos primeiros cartões-reforma. 

Araújo tem sido acusado por parte de alguns deputados de estar usando a pasta como vitrine eleitoral para o ano que vem. Com um dos maiores orçamentos e visibilidade, o ministério das Cidades também é alvo de cobiça de aliados insatisfeitos.