Twitter de Marco Maia é bombardeado por críticas de internautas

Presidente da Câmara é questionado após aprovação de termo que encurta semana de trabalho

PUBLICIDADE

Por O Estado S. Paulo
Atualização:

O Twitter do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT), foi bombardeado por críticas após aprovação na quarta-feira, 17, de projeto que torna oficial a "gazeta" dos deputados às segundas e sextas-feiras.   De acordo com o projeto, as sessões ordinárias poderão ser realizadas apenas entre terça e quinta-feira e permite que os deputados não trabalhem na segunda e na sexta-feira sem risco de represálias. A proposta altera o regimento interno da Câmara, que previa a realização de sessões ordinárias durante os cinco dias da semana.   Na prática, a aprovação oficializa o que já ocorre todas às segundas e sextas, quando raramente ocorrem sessões ordinárias e as sessões são apenas de debates.   Os internautas criticaram a nova regulamentação e a forma como os deputados aprovam os projetos que vão de encontro ao benefício próprio. Para alguns, o projeto significa uma "semana de três dias de trabalho".

PUBLICIDADE

Voto contra. O deputado Rubens Bueno (PPS) de manifestou contra a aprovação do projeto e escreveu em sua página do Twitter que o partido votou contra a "gazeta institucionalizada" na Câmara.

Maia, por meio de nota, rebateu as críticas de Bueno. "Se o deputado Rubens Bueno tivesse inteligência emocional, procuraria se informar sobre o funcionamento do parlamento em outros países e descobriria que o Legislativo brasileiro é um dos poucos que funciona cinco dias por semana durante o ano todo", disse o parlamentar.

Comparando valores. Levando em consideração a "semana de três dias", o salário de um deputado é de R$ 26.700 para uma média de 14 dias por mês, enquanto o de um trabalhador que recebe o salário mínimo é de R$ 622, para uma média de 23 dias úteis. Comparando os valores, um deputado recebe R$ 1.907 por dia e um trabalhador, R$ 28,30.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.