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Tucano de Minas ataca PMDB e, depois, faz retratação

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Por MARCELO PORTELA
Atualização:

Um integrante do governo mineiro, comandado pelo tucano Antonio Anastasia, teve que fazer uma espécie de retratação pública nesta terça-feira, 11, depois de usar uma rede social da internet para fazer ataques ao PMDB. O subsecretário da Juventude do Executivo estadual, Gabriel Azevedo, usou o Facebook para fazer duras críticas a peemedebistas. Isso no mesmo momento em que o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, se reunia com integrantes do diretório mineiro do PMDB para tentar articular uma aliança com o principal parceiro do governo da presidente Dilma Rousseff.Pestana se encontrou com a direção peemedebista para convidar o partido a apoiar o ex-ministro Pimenta da Veiga, que deve disputar o governo de Minas em outubro, e admitiu até a possibilidade de abrir espaço na chapa majoritária para o PMDB - que também é cortejado para aderir à provável candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). "O presidente do PSDB foi ao PMDB propor aliança eleitoral para 2014. Que nojo! Repetindo: que nojo!", postou Azevedo. "O partido tucano deveria pagar adicional de periculosidade e insalubridade ao Marcus Pestana. Duvido, aliás, que ele tenha feito isso de bom grado", acrescentou.Azevedo, que esteve à frente da chamada Turma do Chapéu, que reunia jovens do PSDB para fazer campanha nas eleições de 2010, quando Anastasia derrotou Hélio Costa (PMDB), chegou a citar nominalmente o ex-ministro e o deputado federal e ex-governador Newton Cardoso para dizer que o PMDB é integrado por "outras espécies da mesma laia". E afirmou que "Ulysses Guimarães teria nojo dessa gente".Ontem, o subsecretário, que após o pleito de 2010 teve atritos com integrantes do próprio PSDB, usou a mesma rede social para dizer que "foi duro demais". "Que mal há no gesto do PSDB-MG em conversar com o PMDB-MG e convidá-lo para uma aliança eleitoral?", indagou Azevedo, que ressaltou que Minas é a terra da "boa conversa", "da construção de pontes" e "das costuras". E defende negociações do PSDB até com partidos mais radicalmente à esquerda, como PSOL, PCO e PSTU, além do PT.Mas, depois de desenhar um cenário com uma aliança de 32 partidos, faz a ressalva de que o texto "contém ironia" e criticou até a coligação montada por Aécio Neves e outras lideranças tucanas no Estado em torno da eleição de Anastasia, composta por 12 legendas. "Minas não precisa de uma boa aliança. Precisa de um bom governo. Esse atual não consegue ser melhor, dentre vários motivos, pelo custo que a última enorme aliança impõe", postou. O Estado tentou falar com Azevedo, mas, até o fechamento desta edição, ele não retornou.

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