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Tradução para extradição de Pizzolato deve terminar nesta 2ª

Informações foram divulgadas por representantes da Procuradoria-geral de Justiça que estão na Itália para acompanhar o caso; pedido de extradição deve ser apresentado nesta semana

Por Wilson Tosta
Atualização:

BOLONHA - Os procuradores da República Eduardo Pelella, chefe de gabinete do procurador-geral Rodrigo Janot, e Vladimir Aras, chefe do setor de Cooperação Internacional da Procuradoria Geral da República, disseram que a PGR espera concluir ainda nesta segunda-feira, 17, a tradução de documentos necessários para o pedido de extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que já está pronto e deve ser apresentado pelo governo do Brasil à Itália nesta semana.

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Pelella e Aras estiveram na Corte de Apelação de Bolonha nesta segunda para obter informações sobre o processo de extradição. Os procuradores brasileiros estiveram com os colegas italianos Miranda Bambace e Antonio Canti. Os procuradores brasileiros estimam que enviarão à Justiça italiana cerca de 220 páginas traduzidas da ação penal 470, que julgou o mensalão. Eles explicaram que apenas a parte referente a Pizzolato interessa à Justiça na Itália.

A decisão judicial sobre a extradição de Pizzolato será tomada pela Corte de Bolonha, com possibilidade de recurso à Corte de Cassação em Roma. A decisão final sobre a extradição, porém, é política e cabe ao Ministério da Justiça italiano. O ex-diretor do Banco do Brasil está encarcerado na prisão de Sant´Anna, em Módena, desde o início de fevereiro.

Preparado sob responsabilidade do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o pedido de extradição foi comunicado ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, e está no Ministério da Justiça. O pedido aguarda a conclusão das traduções para o italiano para ser enviado, por meio do Itamaraty, ao governo da Itália. O Brasil tem o prazo de 40 dias, a contar do dia da prisão de Pizzolato para pedir sua extradição. Pizzolato fugiu do Brasil em setembro de 2013. Ele foi condenado a 12 anos e sete meses de prisão pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

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