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Trabalhadores ligados à CUT e à Força Sindical fazem ato na sede da Petrobrás

No Rio, grupo de central ligada ao PT critica interesse eleitoral de CPI sobre estatal, enquanto sindicalistas ligados a Paulinho da Força, que faz oposição ao governo federal, criticam corrupção na petroleira

Por Antonio Pita
Atualização:

Rio - Trabalhadores ligados à Força Sindical e à Federação Única dos Petroleiros (FUP) realizam na tarde desta segunda-feira, 14, um ato em frente à sede da Petrobrás, no Rio, em defesa da estatal e contra as denúncias de irregularidades na empresa. Cerca de 150 manifestantes participaram do protesto, que contou com um abraço simbólico ao prédio, alvo de operação da Polícia Federal (PF) na sexta-feira, 11. Os sindicalistas afirmam que o protesto é um ato de "defesa do patrimônio público".

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Apesar de os dois grupos estarem concentrados na porta da empresa, apresentaram diferentes versões para o protesto. A FUP reuniu sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e estudantes com um discurso contrário à realização de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) exclusiva para investigar as denúncias sobre a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. O integrante do Conselho de Administração da estatal Silvio Sinedino acompanhou o ato.

"A auditoria interna da Petrobrás já investiga o caso há dois anos. Uma CPI agora tem objetivo claramente eleitoral para enfraquecer a empresa junto ao mercado internacional e o governo. Nós estamos aqui para defender a empresa desse ataque, que, em última instância, visa a privatização da Petrobrás", argumentou o diretor da FUP e do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), Paulo Cézar.

Pouco depois dos petroleiros, manifestantes ligados à Força Sindical de São Paulo realizaram novo ato contra as denúncias de irregularidades na estatal. Integrantes do Solidariedade, do deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, também participaram da manifestação e realizaram filmagens do ato. O parlamentar, que já foi presidente da Força Sindical, apoia o pré-candidato tucano à Presidência, Aécio Neves.

O grupo negou qualquer filiação partidária da manifestação. "Estamos aqui para pedir um basta na corrupção nesta que é uma das maiores empresas do mundo e que é um patrimônio público. Está na hora de os trabalhadores acordarem contra o uso político da Petrobrás", afirmou o sindicalista João Morais.

Os sindicalistas fizeram um apitaço em frente à sede da estatal e seguraram faixas criticando a presidente Dilma Rousseff. Na época da compra da refina de Pasadena, ela era presidente do Conselho de Administração da Petrobrás. Em nota ao Estado, Dilma afirmou que deu aval à compra com base num "relatório falho" sobre o contrato.

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