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'Terra Bruta' concorre a premiação internacional de jornalismo

Prêmio da Global Investigative Journalism Network é voltado para produções que investigam conflitos e esquemas de corrupção em países em desenvolvimento

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Por Redação
Atualização:

BRASÍLIA - A série “Terra Bruta”, publicada pelo Estado entre 10 e 17 de julho de 2016, foi escolhida como uma das 12 melhores reportagens investigativas em todo o mundo no período 2015-2016.

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O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 19, pela Global Investigative Journalism Network, associação internacional que reúne 155 organizações sem fins lucrativos de 68 países. A seleção das reportagens foi realizada por um painel de jurados que analisaram 211 projetos enviados por jornalistas de 67 países.  O prêmio, realizado a cada dois anos, é voltado para produções que investigam conflitos e esquemas de corrupção em países em desenvolvimento. “Todas as histórias foram publicadas ou transmitidas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2016, e são exemplos notáveis ​​de jornalistas que expõem problemas sistêmicos que afetam suas comunidades e países e, muitas vezes, o mundo”, declarou a organização, em comunicado.

Os vencedores serão anunciados durante a Conferência Global de Investigações em Jornalismo de 2017 em Joanesburgo, que ocorrerá de 16 a 19 de novembro, e serão agraciados com uma placa honorária e prêmio de US$ 2.000.

As 12 reportagens escolhidas incluem investigações jornalísticas realizadas por veículos de comunicação como BBC, Al Jazeera, Ojo Público, Southern Weekly China, Hindustan Times Índia e Beldi TV Channel Iraque.

A série “Terra Bruta” teve reportagem realizada por André Borges e Leonencio Nossa, com imagens de Dida Sampaio e Hélvio Romero. Os trabalhos de edição e multimídia são de Luciana Garbin, Fábio Sales e Everton de Oliveira. Para concorrer ao Global Shining Light Award, toda a série foi traduzida para o inglês. Abordou os problemas de violência, disputas de terra e desmatamento pelo interior do País. O trabalho realizado durante sete meses mostrou que ao menos 1.309 pessoas, principalmente camponeses e indígenas, morreram em conflitos nos últimos 20 anos.

Neste ano, a série conquistou o Prêmio Dom Helder Câmara 2017, concedido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Em 2016, “Terra Bruta” venceu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, concedido pelo Instituto Vladimir Herzog. A reportagem também recebeu, no ano passado, o Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, na categoria reportagem, distinção concedida desde 1984 pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio Grande do Sul e pela Associação de Fotógrafos e Cinegrafistas do Brasil (Arfoc).

O trabalho venceu ainda o prêmio de Reportagem do Ano, concedido pelo Estado, e foi agraciado com o segundo lugar no Prêmio Latino-americano de Jornalismo Investigativo, concedido anualmente pelo Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) e pela Transparência Internacional.

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