BRASÍLIA - O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira, 21, que a corrupção "vem de longe" e que ela era "colocada na gaveta" quando o País ainda não era presidido pelo PT. "Essa impressão de que temos um País corrupto hoje não é real. Temos sim um País com muita corrupção, mas essa corrupção vem de longe, não a inventamos. Essa corrupção era colocada na gaveta", afirmou, emendando: "Nós tínhamos um engavetador-geral da República (e não um procurador-geral da República). Por quê o processo de reeleição do Fernando Henrique Cardoso, comprado como nós sabemos, nunca foi julgado?"O ministro avaliou que o aumento dos casos de corrupção de políticos refletiu a liberdade dada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente Dilma Rousseff à Polícia Federal, à Controladoria-Geral da União e ao Ministério Público Federal. "O que estamos fazendo é passar a limpo este País e tudo o que acontece vem à tona. Quanta CPI tivemos neste governo que não tínhamos no passado? É claro, passa-se a impressão de que a corrupção está dominando, mas o que está dominando é o espírito de não conviver com a corrupção", disse o ministro, que hoje foi o entrevistado do programa 'Bom Dia, Ministro', da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
CPI da Petrobrás. A oposição tem usado a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobrás para atingir o governo Dilma Rousseff. A avaliação é do ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que reforçou nesta quarta-feira, 21, as declarações dadas nessa terça-feira pelo ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli, em depoimento na CPI do Senado. "No caso da Petrobrás há uma exploração política enorme, a partir do caso da compra daquela refinaria de Pasadena, que são questões que podem vir à tona, que o Ministério Público está trabalhando, que já tem uma CPI e pode ser que a gente venha a ter duas. Nós não temos medo de CPI, porque se houve algum erro ele vai ser punido", disse. Carvalho afirmou também que a maior notoriedade dos casos de corrupção no País, a partir da gestão do PT, se deve ao fato de o governo estar "passando a limpo" o que estava "na gaveta".