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Temer irá processar empresário do dinheiro na cueca

Presidente da Câmara também irá entrar com ação para obter documentos que supostamente o envolvem no caso

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Por Denise Madueño e de O Estado de S. Paulo
Atualização:

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), anunciou nesta quinta-feira, 3, que vai entrar com uma queixa-crime contra o empresário Alcyr Collaço, dono do jornal Tribuna do Brasil, e com uma ação em São Paulo para obter os documentos que supostamente o envolvem em contabilidade paralela da empreiteira Camargo Corrêa, investigada na operação Castelo de Areia da Polícia Federal.

 

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Assim como Temer, deputados peemedebistas citados por Collaço como supostos beneficiários do mensalão do DEM no Distrito Federal em conversa com Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governador, José Roberto Arruda (DEM), anunciaram que entrarão com queixa-crime contra o empresário. Na gravação, Collaço fala sobre uma suposta propina paga a caciques do PMDB. O empresário aparece em outro vídeo da operação da Polícia Federal, denominada Caixa de Pandora, colocando dinheiro na cueca.

 

Além de Temer, são citados o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Tadeu Filippelli (DF), e o deputado Eduardo Cunha (RJ). O grupo teve atuação importante para manter Filippelli no comando do PMDB no Distrito Federal, provocando a saída do partido de Joaquim Roriz, ex-governador do DF e candidato à sucessão de Arruda. Roriz foi forçado a procurar outra legenda depois que o PMDB fechou aliança em torno da reeleição de Arruda.

 

O presidente da Câmara considerou "uma vilania sem tamanho" a citação do nome dele. Em nota, o deputado Henrique Alves, que está em viagem a Portugal, classificou de "completamente incabíveis e despropositadas" as citações envolvendo o nome dele, com diálogos entre pessoas que "não conhece" e que não tem relação. "Estou indignado e perplexo com o conteúdo dos diálogos inverídicos, levianos e caluniosos", afirma o líder do PMDB.

 

"Repudio de forma veemente a tentativa de envolver o meu nome e de alguns dos principais líderes nacionais do PMDB no episódio que investiga as denúncias de irregularidades no Governo do Distrito Federal", reagiu, em nota, o deputado Tadeu Filippelli. "A citação do meu nome em uma conversa de terceiros revela a irresponsabilidade daqueles que, movidos por interesses inconfessáveis, querem obter do meu partido, o PMDB, uma decisão açodada sobre esse momento de crise política do governo local", disse Filippelli.

 

O deputado Eduardo Cunha, também em nota, anunciou que entrará com ações judiciais contra o que chamou de "dois meliantes". "Quero registrar a minha indignação e desmentir de forma peremptória que tenha qualquer tipo de relação com estes indivíduos e com qualquer fato político envolvendo o Distrito Federal", afirmou Cunha. "Os diálogos expostos pela gravação são mentirosos e certamente escondem interesses políticos escusos daqueles que já saíram de mandatos pela porta dos fundos e buscam uma vingança sórdida por estarem longe do PMDB", disse o deputado.

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