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Temer entra para história como 'maior traidor do País', diz vice-líder do governo

Silvio Costa acusou o vice-presidente de fazer 'tabelinha' com o presidente da Casa, Eduardo Cunha, no que chama de 'golpe'

Por Daiene Cardoso e LUCIANA NUNES LEAL E DANIEL CARVALHO
Atualização:

BRASÍLIA - Vice-líder do governo na Câmara, o deputado Silvio Costa (PT do B-PE), causou tumulto no plenário da Comissão Especial do Impeachment ao tentar exibir parte do áudio no qual o vice-presidente Michel Temer antecipa o discurso de aprovação do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

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Costa disse que Temer "entra para a história como o maior traidor do País" e acusou o vice-presidente de fazer "tabelinha" com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no que chama de "golpe". "Ele e Eduardo Cunha se merecem", declarou. O deputado disse que, pelo comportamento de Temer, o presidente licenciado do PMDB "não merecia ser nem vereador".

Para Costa, o relatório de Jovair Arantes (PTB-GO) faz parte de um acordo "nefasto" com o presidente do colegiado, Rogério Rosso (PSD-DF), e a oposição para salvar Cunha da cassação.

Os líderes da maioria dos partidos já se manifestaram em discurso. O PMDB, PTN e o PHS liberaram o voto na bancada, PT, PC do B, PSOL, PROS, PT do B, PEN e PDT votaram contra o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) pela admissibilidade do processo. Já a Rede, apesar da recomendação da direção para apoiar o impeachment, terá seu único titular na comissão, o deputado Aliel Machado (PR), votando contra o afastamento. O deputado se emocionou ao anunciar sua decisão pessoal.

O PSD dividiu o tempo entre parlamentares contra e a favor do parecer e o PP teve apenas a manifestação individual do líder Aguinaldo Ribeiro (PB). PSDB, DEM, PRB, PSB, PTB, PPS, PSC, PSL e Solidariedade defenderam o impeachment. O PR não teve manifestação da liderança do partido.

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