Temer diz que 'quem ganha é o Brasil' com sua vitória na votação da Câmara

Presidente está otimista quanto à votação e diz que 'seguramente' vai barrar a denúncia; Para isso, precisará do voto de 172 deputados no Plenário

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Por Felipe Frazão e Carla Araujo
Atualização:

O presidente Michel Temer continua tentando agradar aos parlamentares de sua base às vésperas da votação da denúncia na Câmara dos Deputados. Depois de almoçar com mais 60 parlamentares da bancada ruralista, em Brasília, ele atravessou a rua e fez a comitiva impedir o trânsito local por alguns instantes para uma visita rápida de cortesia ao deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), que faz aniversário hoje.

A deputada Mariana Carvalho (PSDB RO), 2ª secretária da Mesa da Câmara,faz leitura do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), contrário àautorização para processar o presidente da República, Michel Temer, por crime de corrupçãopassiva Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Questionado se espera uma vitória na quarta-feira, 2, o presidente disse: "Seguramente. Quem ganha é o Brasil", afirmou à reportagem. Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara e aliado de Temer, disse nesta terça-feira que a votação deve ser concluída ainda na tarde de quarta-feira.

Temer ficou menos de cinco minutos na residência do deputado, que oferecia almoço ao ministro Fernando Bezerra Coelho e outros deputados. Ao chegar, o presidente cumprimentou Heráclito e disse ao Estadão/Broadcast que estava seguro de que derrubará a denúncia contra ele por corrupção passiva na Câmara. "Com o apoio do Heráclito tudo dá certo."

CCJ. Em seguida, o presidente teve um evento no Planalto, onde manteve o tom de confiança na votação da denúncia. "Quem tem que votar são os que querem destruir aquilo que a CCJ decidiu", afirmou Temer a jornalistas, após o evento, em relação à decisão a Comissão de Constituição e Justiça que aprovou um parecer pela rejeição da denúncia. "A CCJ já decidiu que não há autorização, agora é o Plenário", completou. Ao ser questionado se estava confiante, o presidente afirmou que sim e consentiu com a cabeça. A estratégia de afirmar que a decisão da CCJ pela rejeição dá condições para que o governo continue trabalhando, independentemente da apreciação da denúncia, foi traçada no último domingo em reunião no Alvorada. Na ocasião, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmou que o que estava vigorando era o parecer da CCJ. "Se a oposição boicotar e não quiser dar quórum no dia 2 (amanhã), nós vamos defender que o presidente (da Câmara) Rodrigo Maia (DEM-RJ) toque a pauta da Câmara independente da pendência deste assunto ou não", afirmou. 

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