Temer diz que momento pede 'serenidade' e comemora dados econômicos

Em vídeo nas redes sociais, presidente volta a criticar 'administrações anteriores' e ignora prisão de ex-ministro Geddel Vieira Lima

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Por Igor Gadelha
Atualização:

Brasília - O presidente Michel Temer afirmou, em vídeo publicado nas redes socais nesta sexta-feira, que o momento do País pede "serenidade" e "maturidade". Na gravação, o presidente comemorou dados econômicos recentes que reforçam a avaliação de que a economia está em recuperação.

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"O que mais me encoraja e dá força para enfrentar os desafios é sentir na sociedade o desejo de corrigir os erros das administrações anteriores. Tenho a consciência clara do País que queremos. Vamos trabalhar juntos para transformar o Brasil. Vamos fazer isso com equilíbrio, com energia, com determinação", afirmou o peemedebista, que foi vice de Dilma em 2010 e 2014.

Temer não mencionou fatos como a prisão de seu ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima e a investigação aberta pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que pode levar à revisão do acordo de delação premiada de executivos do grupo J&F.

No vídeo, de 2 minutos e meio, gravado na tarde desta sexta-feira no Palácio do Planalto, o presidente lembrou notícias positivas na economia divulgadas nesta semana e disse que elas "confirmam" a caminhada na recuperação da economia.

O presidente citou uma série de dados, como a redução da taxa básica de juros (Selic) em um ponto porcentual, para 8,25% ao ano, e a aprovação no Congresso Nacional do projeto que cria a Taxa de Longo Prazo (TL), que balizará os empréstimos do BNDES a partir de 2018, e da revisão das metas fiscais de 2017 e 2018.

"A retomada do crescimento também se revela na produção de veículos no Brasil, que subiu 45% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado. Aumento das exportações. Recorde na produção de grãos. Crescimento do PIB. Dólar estável. Diminuição do Risco Brasil. Dados otimistas apontam uma recuperação do emprego", disse.

O presidente afirmou ainda que governar é, "mesmo diante de momentos adversos, não se omitir, enfrentar a realidade". "É não pensar em si, mas no futuro das pessoas, do país. É oferecer condições para que todos possam ser responsáveis e provedores do seu bem-estar, do seu futuro", declarou.

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"Serenidade combina com maturidade. É tudo que o momento pede", acrescentou. / Colaborou Carla Araújo

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