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Temer critica PT por 'votar contra e tumultuar sessão' que aprovou nova meta fiscal

Presidente em exercício volta a reclamar de dificuldades 'maiores do que vocês podem imaginar' na situação do País e nega que vá tirar direitos dos trabalhadores em reunião com sindicalistas

Por Bernardo Caram
Atualização:

BRASÍLIA- Em reunião com sindicalistas aliados nesta sexta-feira, 10, o presidente em exercício Michel Temer fez críticas à postura adotada pelos que apoiavam o governo da presidente afastada Dilma Rousseff. De acordo com o peemedebista, não houve transição quando assumiu o Palácio do Planalto. "Não tivemos portas abertas", disse, em uma das falas da reunião reproduzidas em sua conta no Twitter.

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O presidente em exercício voltou a dizer que pegou o País em grandes dificuldades. "Elas são maiores do que vocês podem imaginar", afirmou. Segundo ele, essas dificuldades o levaram a apurar a meta fiscal de déficit de R$ 170 bilhões para este ano.

"Lembro que foi o governo anterior que mandou a proposta para ampliar a meta. Quando votamos, o que fizeram? Votaram contra e tumultuaram a sessão", disse, também lembrando que a Desvinculação de Receitas da União (DRU), aprovada na Câmara nesta semana, foi proposta pelo governo Dilma. "E os que propuseram votaram contra".

Temer ressaltou que sua primeira medida foi a de harmonizar os poderes Legislativo e Executivo. "Quando cheguei ao governo, verifiquei matérias que estavam há meses sem votar. Estamos no governo há 27 dias e aprovamos medidas importantes", afirmou.

Temer em encontro com representantes de centrais sindicais Foto: Reprodução/Twitter

Aos sindicalistas, o presidente em exercício disse que não vai fazer nada contra os trabalhadores. Ele afirmou que mudanças devem ser feitas por meio do diálogo.

O almoço, no Palácio do Jaburu, ainda não terminou. Participam do encontro representantes da Força Sindical, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). A Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) não têm participado dos encontros por serem contrárias ao governo Temer.