BRASÍLIA - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 5, não ter considerado um ataque ao PSDB as declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre o partido e sobre o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Reportagem do Estado mostrou que as críticas recentes feitas pelo ministro têm o aval do presidente.
"Ele fez uma declaração de acordo com as concepções dele. Mas nada agressivo com relação ao PSDB. Foi uma análise sociológica", disse Temer.
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Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada na segunda-feira, Meirelles disse que o governo terá um candidato à Presidência em 2018. Afirmou, porém, que esse postulante não será Alckmin, criticando a indecisão do PSDB quanto à reforma da Previdência e a falta de comprometimento em defender o “legado” do atual do governo.
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Conforme revelou o Estado no fim do mês passado, Temer começou a desenhar uma estratégia para a eleição. A ideia é reunir os principais partidos da coalizão governista em uma chapa de centro-direita para a corrida ao Palácio do Planalto. Filiado ao PSD, Meirelles quer ser esse concorrente e já tenta repaginar sua imagem, para torná-la mais popular.