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Temer avisa líderes que governo não apoiará candidatos que não defendam legado

Segundo deputado Danilo Forte (DEM-CE), recado do presidente foi destinado a pré-candidatos filiados a partidos da base aliada que têm feito questão de se afastar do governo

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Foto do author Felipe Frazão
Por Igor Gadelha e Felipe Frazão
Atualização:

O presidente Michel Temer avisou nesta segunda-feira a líderes e vice-líderes do governo no Congresso Nacional que o Palácio do Planalto não apoiará candidatos à Presidência da República que não estejam dispostos a defender o legado do governo nas eleições deste ano. A informação é do deputado Danilo Forte (DEM-CE), um dos vice-líderes do governo na Câmara. De acordo com Forte, Temer e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), mandaram "alguns recados" às lideranças governistas durante a reunião com as lideranças, que aconteceu no Planalto. "Um dos recados foi de que o governo não vai apoiar o candidato (a presidente) que não apoiar o governo", disse o parlamentar cearense ao Broadcast Político. O recado de Temer é destinado a pré-candidatos filiados a partidos da base aliada mas que têm feito questão de se distanciar do governo; entre eles, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Ao lançar sua pré-candidatura na última quinta-feira, 8, Maia disse não estar "disposto" a defender o legado do governo. No encontro desta segunda-feira, Temer defendeu uma candidatura única ao Planalto dos partidos de centro. "Ele disse que a articulação do campo de centro passava pelos partidos daquele grupo que estava ali", conta Forte. "Falei que o MDB, onde prevalecem os interesses locais de seus dirigentes, poderia ser um empecilho e dificultar a unidade desse campo", afirmou o deputado. Segundo Forte, Temer também pediu a líderes e vice-líderes "mais empenho" na defesa do legado do governo no Congresso. Solicitou ainda "celeridade" na votação de propostas na área da economia, segurança pública e saúde, escolhidas como "prioridade" do governo. "Só temos 90 dias praticamente para concluir o semestre. Depois vem Copa, vem eleição", disse. 

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