Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, negou pedido apresentado pela defesa do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, que pedia a suspensão temporária do processo do qual ele é alvo, na 13ª Vara Federal Criminal do Paraná, na Operação Lava Jato.
Os advogados de Duque contestam decisão do juiz Sérgio Moro, que cuida da Lava Jato no Paraná, de dividir o processo do qual o ex-diretor é alvo. A defesa reclama da decisão de Moro de separar alguns fatos, dividindo atos cometidos por agentes públicos e privados. Com o pedido, a intenção era suspender o processo, o que resultaria, na prática, em liberdade do ex-diretor.
Duque foi preso em março, quando foi deflagrada a 10ª fase da Operação Lava Jato. Ele já havia ficado preso entre novembro e dezembro do ano passado, mas foi solto por decisão do STF. Investigadores suspeitam que Duque é o elo do PT com o esquema de desvios na Petrobrás. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), teriam sido captados na gestão de Duque cerca de R$ 650 milhões em propinas sobre contratos fechados de 2004 a 2012 com as seis empreiteiras que teriam integrado cartel para assumir negócios bilionários na estatal. Em seu despacho, Lewandowski negou o pedido de liminar e o encaminhou para a análise do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo.