PUBLICIDADE

Solidariedade vai suspender filiação de ex-deputado Argôlo, preso na Lava Jato

A desfiliação do ex-deputado será anunciada formalmente nesta sexta pelo partido em uma nota oficial. Argôlo tem um perfil destacado no site do Solidariedade, onde aparece como uma das "lideranças partidárias" da legenda

Por NIVALDO SOUZA
Atualização:

Brasília - O presidente nacional do Solidariedade (SD), deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força Sindical, afirmou nesta sexta-feira, 10, ao Broadcast Político que a comissão de ética do partido irá suspender o ex-deputado Luiz Argôlo (SD-BA). O ex-parlamentar é um dos presos na 11ª etapa da Operação Lava Jato denominada "A Origem", deflagrada nesta manhã. "Ele estava com processo na comissão de Ética e a ideia agora é suspender a filiação e todas as atividades partidárias dele", afirmou Paulinho. A desfiliação do ex-deputado será anunciada formalmente nesta sexta pelo partido em uma nota oficial. Argôlo tem um perfil destacado no site do Solidariedade, onde aparece como uma das "lideranças partidárias" da legenda. No perfil, ele defende o partido como uma sigla que "representa uma abertura de espaço para novas lideranças, focadas no cidadão brasileiro comum, no trabalhador que vê todo dia os seus direitos ameaçados".

Ele é alvo de quatro inquéritos na Lava Jato devido ao seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef e foi preso nesta sexta-feira, dentre outros motivos, por ser suspeito de receber ao menos R$ 1,2 milhão em propinas do doleiro e de também formar sociedade com Youssef.

Deputado Luiz Argôlo (SDS-BA) responde a processos em razão de suspeitas de envolvimento com Youssef Foto: Divulgação - 07.04.2014

Radicado no Sul da Bahia, Argôlo recebeu 63.649 votos na eleição de 2014. Ele não se reelegeu, mas se colocou como 1º suplente. De acordo com a PF, o ex-deputado teria recebido R$ 1,2 milhão do doleiro Alberto Youssef e, segundo as investigações da Lava Jato, foi sócio dele na empresa Malga Engenharia. O próprio doleiro, em sua delação, afirmou que fez repasses a Argôlo desde quando o conheceu, em 2011.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.