PUBLICIDADE

Só 'Suplicys' comparecem à CPI do Metrô

Por Fabio Brandt
Atualização:

Abandonada pelo PT e desfavorável para o PSDB, a CPI mista criada para investigar obras do Metrô de São Paulo e de Brasília continua paralisada. Nesta terça-feira, 2, a falta de quórum impediu uma segunda tentativa de eleger o presidente da comissão para inaugurar seus trabalhos. Apenas dois congressistas compareceram à reunião. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) presidiu a sessão por ser o mais velho dos integrantes da CPI. E o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) participou como integrante do colegiado. Em rodas informais de conversas, sempre em sua ausência, Thame é chamado por alguns de seus colegas de partido de "o nosso Suplicy". Adversários do PT se referem a ele como "o Suplicy deles". Os dois congressistas guardam semelhanças físicas, como cabelos brancos e escassos e têm quase a mesma altura. Parlamentares os comparam ao personagem Gollum do filme O Senhor dos Anéis. A maior maldade por trás do apelido, no entanto, diz respeito ao modo lento com que Suplicy e Thame fazem seus discursos no Congresso e também ao fato de não participarem do núcleo decisório do PT e do PSDB. A próxima reunião da CPI ficou marcada para 7 de outubro, após o primeiro turno da eleição. O PMDB indicou para o cargo de presidente do grupo o senador João Alberto (MA), que estava em seu Estado e não participou da reunião desta terça. A oposição lançou o líder do Solidariedade na Câmara, Fernando Francischini (PR), para concorrer com João Alberto. Francischini chegou à reunião após Suplicy declarar que não havia quórum para fazer a votação. A criação da CPI do Metrô foi pedida pelo PT com o objetivo de investigar suspeitas de corrupção e formação de cartel em licitações dos metrôs de São Paulo e de Brasília em governos do PSDB e do DEM.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.