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Problema nos presídios do País deixou de ser de segurança pública para se transformar, em uma semana, numa ameaça à segurança nacional

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Por Vera Magalhães
Atualização:

O problema dos presídios deixou de ser de segurança pública para se transformar, em uma semana, numa ameaça à segurança nacional. Esta foi a conclusão que dois ministros envolvidos com a crise enunciaram à coluna ao longo dos últimos dias.

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O combate à guerra de facções não é simples nem imediato, por vários fatores: depende de uma atuação conjunta com os Estados, esbarra na falta de recursos, necessita de colaboração dos países vizinhos produtores de drogas.

Além disso, as investigações sobre facções criminosas como o PCC e o Comando Vermelho não podem se valer do instituto da delação premiada, como se vê na Lava Jato — pelo simples fato de que colaborações judiciais no crime organizado são pagas com a vida do delator e da família.

O governo teme que a guerra de facções passe da matança em presídios para ataques a alvos civis.

Para combater os grupos, uma das principais ações do Plano Nacional de Segurança, que passou meio despercebida na divulgação, é o uso da rede LAB, de laboratórios interligados da PF e do Ministério Público Federal, para rastrear o financiamento e a lavagem de dinheiro das facções criminosas que comandam tráfico de drogas e armas no País. É o mesmo esquema que vem sendo usado, com sucesso, no combate à corrupção.

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Além disso, serão assinados novos acordos de cooperação com os países vizinhos, nos moldes do que foi feito com a Bolívia. O próximo será a ampliação do escopo do tratado com o Paraguai.

Governo tenta combater facções, mas reconhece entraves Foto: André Dusek/Estadão

TRÁFICO 1Governo promete ampliar fiscalização nas fronteiras O governo criou um gabinete integrado por Forças Armadas, PF e outros órgãos para comandar a implementação do Sistema de Monitoramento das Fronteiras (Sisfron), primeiro na divisa norte. Será lançado em março um satélite geoestacionário para melhorar a comunicação das forças federais na região.

TRÁFICO 2Dissidentes das Farc fornecem armas a facções brasileiras O Gabinete de Segurança Institucional estima que circulem na rota amazônica de tráfico cerca de 20 mil armas, a maioria fuzis revendidos a facções brasileiras por dissidentes das Farc. Esses guerrilheiros também atuam como “soldados” do tráfico no Brasil após o desmantelamento da organização colombiana.

COM CRÉDITOMoraes segue prestigiado, dizem auxiliares de Temer Apesar de algumas declarações infelizes, Alexandre de Moraes (Justiça) segue em alta junto a Michel Temer. O presidente respaldou a linha do ministro na crise dos presídios, até mesmo a de minimizar o papel das facções.

GESTÃO SELFIEDoria incentiva prefeitos regionais a usar redes João Doria pediu que os prefeitos regionais espalhem vídeos e fotos no WhatsApp e redes sociais colocando “a mão na massa”, para contrastar com os auxiliares de Fernando Haddad, que pouco saíam dos gabinetes.

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PT SAUDAÇÕESPartidos querem filiar ex-prefeitos petistas PSD e PSB saíram a campo atrás de ex-administradores do PT. Estão na mira Sebastião Almeida (Guarulhos) e Carlinhos Almeida (São José dos Campos), potenciais puxadores de votos para a Câmara em 2018.

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