Sérgio Machado desiste de pedido para cumprir pena antecipadamente

Em petição enviada ao STF, a defesa do ex-presidente da Transpetro afirma que os motivos que levaram o delator da Lava Jato a desistir são de 'foro íntimo'

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Por Isadora Peron
Atualização:
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro e delator da Lava Jato Foto: Agência Estado

BRASÍLIA - O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado enviou uma petição ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual apontou que deseja desistir do pedido de começar a cumprir a pena antes mesmo de ser condenado oficialmente. 

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Na peça, a defesa de Machado afirma que os motivos que levaram o delator da Lava Jato a desistir de cumprir a pena antecipadamente "são de foro íntimo, desimportantes para o deslinde da presente da causa". Ele havia encaminhado o pleito em junho.

No acordo de delação premiada que fechou com o Ministério Pública Federal, uma das cláusulas afirmava que Machado poder ia pedir "autorização para cumprir antecipadamente a pena privativa de liberdade, desde logo isentando a União de toda e qualquer responsabilidade caso não venha, por qualquer fundamento, a sofrer condenação penal ou, sofrendo, caso as penas privativas de liberdade que lhe forem aplicadas sejam inferiores ao ora pactuado".

Em troca das informações sobre como funcionava o esquema de corrupção na Petrobrás, ex-presidente da Transpetro vai ter que cumprir prisão domiciliar e pagar multa de R$ 75 milhões.  Em sua delação, Machado relatou ter repassado propina a mais de 20 políticos de diferentes partidos, passando por PMDB, PT, DEM, PSDB, PC do B e PP.

O ex-presidente da Transpetro também afirmou que o presidente interino, Michel Temer, negociou para a campanha do então correligionário Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo, em 2012. Todos os citados negam envolvimento no caso.