PUBLICIDADE

Será bom ouvir o STF sobre a CPI da Petrobras, diz Renan

Por Débora Alvares
Atualização:

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse não achar ruim o recurso da oposição apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação da CPI da Petrobras. "Quem sabe será muito bom ouvir o STF porque essa é uma questão nova, inédita, e precisa ser resolvida definitivamente", disse.No fim da manhã desta terça-feira, 8, senadores e deputados que defendem investigações sobre a Petrobras levaram ao presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa, pedido de mandado de segurança com solicitação de liminar para tentar viabilizar uma CPI exclusiva sobre a estatal. O grupo, liderado pelo pré-candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves (MG), acusa o governo de tentar impedir os direitos das minorias no Congresso.Mais tarde, os senadores deve analisar o relatório de Romero Jucá (PMDB-RR) sobre as questões de ordem colocadas em plenário na semana passada questionando a abrangência temática da CPI. Só no Senado são dois pedidos de investigação: um da oposição, exclusivo sobre Petrobras, outro de parlamentares da base aliada, que acrescenta o metrô de São Paulo e o do Distrito Federal, além do porto de Suape, no objeto de apuração da comissão.Para Renan, deveria valer a CPI ampliada, proposta por governistas. Sem querer arcar sozinho com o desgaste político da decisão, ele escalou a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa para dar o parecer final. A reunião está marcada para hoje à tarde, mas aliados de Dilma vão tentar adiar uma definição.EntendaO recurso ao STF vem em resposta aos dois requerimentos de criação de CPI protocolados na semana passada por aliados da presidente Dilma Rousseff - um com pedido de comissão exclusiva do Senado e outra mista, integrada por deputados e senadores. A proposta dos governistas é investigar, além da Petrobras, o cartel no metrô de São Paulo e irregularidades no Porto de Suape. A oposição, por sua vez, apresentou outros dois requerimentos de CPI - uma mista e outra apenas de senadores - para investigar exclusivamente a estatal.Na tentativa de cortar pela raiz qualquer possibilidade de investigação, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou uma questão de ordem dizendo que os objetos da CPI da oposição não tinham conexão entre si, o que ia de encontro à Constituição. Líder do PSDB na Casa, o senador Aloysio Nunes (SP) também questionou a abrangência da CPI proposta pelos governistas. O presidente do Senado mandou a decisão para a CCJ.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.